A partir de 1º de março, o mercado de combustíveis no Brasil terá um aumento significativo nos preços da gasolina e do álcool devido à volta da cobrança dos impostos federais. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o aumento esperado é de R$ 0,6869 por litro no caso da gasolina e R$ 0,2418 por litro no caso do álcool.
Essa mudança no cenário dos combustíveis ocorre após a decisão do governo Lula de prorrogar a desoneração desses impostos apenas até o final de fevereiro. Até o momento, não há sinalização de nova prorrogação. Com isso, os consumidores podem esperar um aumento no preço final dos combustíveis.
A Petrobras tem vendido a gasolina em suas refinarias com um preço 8% maior em relação aos preços praticados no mercado internacional, de acordo com a Abicom. Isso significa que, mesmo com a volta dos impostos, ainda pode haver espaço para uma redução no preço da gasolina caso a Petrobras decida diminuir os preços nas refinarias (um alento?).
No geral, a situação pode ser preocupante para os consumidores, já que a alta no preço da gasolina e do álcool pode influenciar diretamente no custo de vida. Afinal, os combustíveis têm um papel fundamental na economia do país, sendo utilizados em diversos setores, desde o transporte de pessoas até a movimentação de mercadorias.
Pelo lado do governo, a volta dos impostos pode trazer uma melhoria na arrecadação para os cofres públicos, ajudando a diminuir o déficit de mais de R$ 200 bilhões previsto para este ano. A medida também pode ser vista como uma forma de garantir a sustentabilidade econômica do país em um momento de instabilidade financeira.
É importante lembrar que, no caso do diesel, do gás de cozinha, do gás natural e do biodiesel, os impostos federais permanecerão zerados até 31 de dezembro de 2023. A isenção também vale para a importação desses produtos e foi feita via medida provisória, que já está em vigor, mas ainda precisa ser analisada pelo Congresso.
