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Segundo especialistas, “taxa” do consignado do Auxílio Brasil é alta

De acordo com medida provisória (MP), que ampliou o consignado para o Auxílio Brasil e que virou lei, é possível comprometer 40% do benefício, considerando o valor-base de R$ 400

A definição de juros mais altos para o consignado do Auxílio Brasil do que o cobrado de aposentados e pensionistas do INSS eleva em até R$ 528 o valor total a ser desembolsado pelo beneficiário que resolver tomar o crédito, de acordo com simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

O teto de juros do consignado do auxílio foi estipulado em 3,5% ao mês, enquanto o do INSS é de 2,14% mensais. Especialistas consideram a taxa alta para famílias em situação de vulnerabilidade.

De acordo com medida provisória sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, que ampliou o consignado para o Auxílio Brasil e que virou lei, é possível comprometer 40% do benefício, considerando o valor-base de R$ 400 — o auxílio foi elevado temporariamente para R$ 600 até o fim deste ano e ainda não se sabe se a nova cifra será mantida em 2023, apesar de promessas dos candidatos a presidência.

Seguindo as regras publicadas nesta terça-feira (27/09), o beneficiário conseguiria levantar um empréstimo de R$ 2.569,34 a ser pago em 24 parcelas mensais de R$ 160 (40% do valor-base do benefício) com uma taxa de juros de 3,5% ao mês (51,11% ao ano).

Esse mesmo valor de R$ 2.569,34 a ser pago em 24 parcelas mensais com juros do consignado para aposentados e pensionistas do INSS, com a taxa de juros teto de 2,14% ao mês (28,93% ao ano) daria uma parcela mensal de R$ 138,01.

Ou seja: uma diferença a mais na prestação de R$ 21,99 e no total do financiamento de R$ 527,76.

Para o diretor executivo da Anefac, Miguel de Oliveira, apesar de o governo ter fixado um teto para os juros, a taxa ainda é elevada. Segundo ele, o risco de endividamento das famílias permanece. Ele destacou que os beneficiários usam os recursos para sobrevivência.

Essas pessoas vão fazer o empréstimo, vão se endividar. Esses recursos são para a sobrevivência dessas pessoas, para se alimentarem e, de repente, esse dinheiro não vai mais entrar na conta. É uma linha de crédito muito ruim, é uma temeridade você aprovar isso para a um público que recebe esses recursos para sobreviver mesmo“, disse Oliveira.

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Rafael Nicácio

Estudante de Jornalismo, conta com a experiência de ter atuado nas assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte e da Universidade Federal (UFRN). Trabalha com administração e redação em sites desde 2013 e, atualmente, também administra a página Dinastia Nerd. E-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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