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PGR pode pedir suspensão de benefícios concedidos a Joesley

Após ter recebido benefícios devido ao acordo de delação premiada, Joesley Batista, executivo da J&F pode perder os privilégios. O pedido poderá ser feito ainda nesta sexta-feira (08) pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A solicitação poderá ocorrer devido a novos áudios que foram entregues pelos delatores da JBS.

Neles, a Procuradoria Geral da República (PGR) informou que Marcello Miller, ex-procurador da República, atuou na “confecção de propostas de colaboração” do acordo que viria a ser fechado entre os colaboradores e o Ministério Público Federal, além de poder ter omitido informações. O procurador está analisando o conteúdo do material para tomar a decisão.

Nos áudios, Joesley admitiu ter se encontrado com Miller no mês de fevereiro, mas ele teria dito que já havia pedido exoneração do Ministério Público. Na última quinta-feira (7), Joesley e Saud prestaram novos depoimentos. Nesta sexta, está prevista uma audição de Miller. No acordo de delação, Joesley ganhou, por exemplo, imunidade – a garantia de que não seria preso. Isso pode mudar, mas não depende só de Janot. A decisão final é do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda na quinta, Joesley Batista, Ricardo Saud, Francisco de Assis e Silva passaram cerca de 10 horas prestando depoimento na PGR, na investigação que pode levar Joesley a perder os benefícios da delação. Joesley foi questionado pelos investigadores e teve que explicar cada trecho da gravação da conversa entre ele e Ricardo Saud.  Chegaram a afirmar que os áudios não foram entregues por acidente e que aquilo era conversa de bêbados.

Relembre o caso

Depois de depor e entregar gravações e documentos à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo que comprometem, entre outros, o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), Joesley viajou para os Estados Unidos. O grupo tem mais de 60 fábricas em território norte-americano.

No diálogo com o presidente, ele conta, entre outras coisas, que tinha um procurador informante no Ministério Público Federal e que “segurava” dois juízes que estavam em seu caminho. Também fez menção a negociações financeiras com Eduardo Cunha para que o ex-deputado cassado não fizesse delação premiada. Temer ouviu tudo sem tomar qualquer atitude, em alguns momentos chegou a dizer “ótimo, muito bom” sobre as tratativas para obstruir a Justiça.

O acordo de colaboração premiada foi assinado com o MPF e homologado pelo Supremo Tribunal Federal. O acordo de delação premiada, que se tornou o mais vantajoso dos 155 já firmados na Operação Lava-Jato, os livra de qualquer punição pelos crimes que confessaram ter cometido ao lado de políticos, funcionários públicos e outros parceiros.

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