A cada ano que passa, mais pesquisas sobre os benefícios das vitaminas e dos minerais para o corpo surgem e são divulgadas no âmbito científico. Sendo assim, hoje em dia, já é bastante conhecida a importância da vitamina D para os seres humanos, seja mantendo a imunidade em dia ou ajudando a calcificação dos ossos.
Mas, então, por que o brasileiro ainda sofre com a falta de vitamina D? Talvez você não saiba, mas cerca de 875 mil pessoas acima dos 50 anos vivem com deficiência de vitamina D. Esse número fica ainda maior quando analisamos que 7,5 milhões de brasileiros consomem quantidades menores desse nutriente do que o recomendado.
Esses dados foram levantados por uma pesquisa feita por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e do Instituto de Pesquisas René Rachou, da Fiocruz, e mostrou que o brasileiro ainda precisa aprender a como manter a vitamina D em dia.
Por isso, ao longo deste texto, vamos conversar um pouco mais sobre o que a deficiência de vitamina D pode causar no corpo humano. Para isso, vamos abordar alguns temas importantes, como:
- o que é a vitamina D;
- quais são os sintomas de falta de vitamina D;
- o que causa a falta de vitamina D;
- qual a quantidade ideal de vitamina D;
- como manter a vitamina D em dia.
Gostou? Então, continue com a gente e faça uma boa leitura!
O que é a vitamina D?
Se você nunca ouviu falar em vitamina D, aqui vai um pequeno resumo sobre o que é este nutriente e para que ele serve. Vamos nessa!
A vitamina D é, na verdade, um hormônio. Os seres humanos possuem a capacidade de fabricar a sua própria vitamina D por meio do contato da pele com os raios solares ultravioletas B.
Isso mesmo, o mesmo sol que você toma um bronze na praia é o responsável por manter a vitamina D em dia.
Com o passar dos anos, cientistas descobriram que o hormônio é um nutriente muito importante para mais de 200 genes do corpo. Além disso, foi observado que a vitamina D também pode ajudar no bom funcionamento do sistema imunológico e é um participante ativo na absorção do cálcio1.
Quais são os sintomas de falta de vitamina D?
Agora que já demos um pequeno resumo sobre o que é a vitamina D e citamos alguns dos seus benefícios para o corpo, precisamos falar do que a falta do nutriente, condição chamada de “hipovitaminose D”, pode causar no organismo.
Portanto, a falta de vitamina D pode causar:
Baixa absorção de cálcio nos ossos
Hoje em dia, sabe-se que a vitamina D e o cálcio andam de mãos dadas. Afinal de contas, é por conta do hormônio que o organismo humano consegue otimizar a absorção do mineral, que é muito importante para a formação dos ossos e dos dentes.
Por isso, quando o corpo passa por um quadro de deficiência de vitamina D, os ossos podem ser afetados.
Por exemplo: você sabia que a falta de vitamina D em adolescentes pode ajudar o surgimento de algumas condições ósseas, como raquitismo e uma futura osteoporose?
É importante lembrar que os ossos estão em constante liberação e absorção de cálcio, por isso é importante que você mantenha os seus níveis de vitamina D em dia para otimizar a aquisição do mineral2.
Maior fraqueza muscular
Assim como ocorre no sistema ósseo, a vitamina D também ajuda no bom funcionamento dos músculos de todo o corpo. Por isso, há indícios de que a falta de vitamina D possa causar uma maior fraqueza muscular2.
Há evidências também que a deficiência do nutriente esteja relacionada a um maior número de quedas na terceira idade. Essa condição também pode se ligar com um crescente incidente de fraturas que ocorrem com o envelhecimento2 3.
Alteração da imunidade
Como já foi falado anteriormente, a vitamina D ajuda a manutenção de uma boa imunidade. Isso acontece porque o nutriente auxilia na formação de novas células de defesa, que ajudam o organismo a combater os vírus e bactérias que invadem o nosso corpo1.
Então, médicos acreditam que a hipovitaminose D possa atrapalhar o bom funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo mais propenso a infecções2.
O que pode levar à hipovitaminose D?
Agora que você já entendeu o que pode acontecer na falta de vitamina D, chegou a hora de explicar o que pode causar a queda na vitamina D.
Existem alguns fatores de risco que estão associados à hipovitaminose D. Dentre eles, estão: pessoas de pele negra, idosos, pessoas obesas, moradores de cidades muito poluídas, baixa exposição solar, pacientes com problemas renais e a ingestão de alguns medicamentos4.
Quantidade ideal de vitamina D
Para manter sua saúde em dia, cada pessoa precisa de um nível de vitamina D. Este valor pode mudar de acordo com a idade e, é claro, com os fatores de risco mencionados no tópico anterior.
Para ilustrar melhor quais são os níveis ideais de vitamina D, trouxemos uma tabela desenvolvida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Confira:
Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia5
Como você deve ter percebido, os valores aumentam com a chegada da terceira idade, época em que as condições que podem surgir da falta de vitamina D ficam ainda mais perigosas.
Como manter a vitamina D em dia?
Você pode aprender a como suplementar a vitamina D de três maneiras. São elas:
- pelo banho de sol. Como já falamos anteriormente, a pele produz a vitamina D quando entra em contato com os raios UV-B. Por isso, você deve tomar sol todos os dias para repor as doses do hormônio. Escolha um horário em que os raios não estejam tão fortes, como antes das 10h e depois das 16h. Quinze minutinhos sem a adição de protetor solar podem ser suficientes;
- pelos alimentos. Outra fonte de vitamina D é proveniente dos alimentos. Peixes gordos, como a sardinha e o salmão, são ricos no nutriente. Ele também pode ser encontrado no óleo de fígado de bacalhau, em ovos e nos cogumelos frescos ou secos ao sol;
- pelos suplementos alimentares. Se você não toma muito sol e não ingere esses alimentos em abundância, especialistas recomendam o consumo de suplementos alimentares de vitamina D.
Nas farmácias, você encontra suplementos alimentares de até 2.000UI. Porém, para descobrir, de fato, como suplementar a vitamina D, consulte seu médico!
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- Revista Brasileira de Reumatologia. A importância dos níveis de vitamina D nas doenças autoimunes. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbr/a/5BcvSsQGhJPXXD8Q9Pzff8H/#. Acesso em: agosto de 2022.
- Premaor, Melissa Orlandin e Furlanetto, Tania Weber. Hipovitaminose D em adultos: entendendo melhor a apresentação de uma velha doença. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abem/a/X7WYrqfB3vSxGCZzqG3HwLv/#. Acesso em: agosto de 2022.
- LICHTENSTEIN, Arnaldo et al. Vitamina D: ações extraósseas e uso racional. Revista da Associação Médica Brasileira. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0104423013001504. Acesso em: agosto de 2022.
- CÂNDIDO, M. D. B. (2020). Hipovitaminose D: uma revisão de literatura. Disponível em: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/riufcg/16797/MAR%c3%8dLIA%20DE%20BARROS%20C%c3%82NDIDO%20-%20TCC%20BACHARELADO%20EM%20FARM%c3%81CIA%20CES%202020.pdf?sequence=3&isAllowed=y. Acesso em: agosto de 2022.
Maeda SS, et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Endocrinol Metab. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abem/a/fddSYzjLXGxMnNHVbj68rYr/?lang=pt>. Acesso em agosto de 2022.
