A Copa do Mundo Feminina de 2023, realizada na Austrália e na Nova Zelândia, mostrará em campo um contraste importante para a Seleção Brasileira de Futebol Feminino. Em seu último Mundial, Marta poderá ajudar as novas e talentosas atletas convocadas pela técnica sueca Pia Sundhage, a mostrar o que podemos esperar das próximas gerações.
Considerada por seis vezes a Melhor do Mundo, a alagoana Marta é, com 17 gols marcados, a recordista de gols em Copa do Mundo, entre mulheres e homens. A Rainha do Futebol também marcou pelo menos um gol em todas as cinco vezes em que disputou o Mundial, marca que divide com a atacante canadense Christiane Sinclair.
Desse modo em seu sexto Mundial, agora sem as companheiras Formiga e Cristiane, caberá a Marta passar a experiência que tem, e de certa forma a responsabilidade, para as próximas gerações. Nesse sentido a Seleção Brasileira Feminina vem bem servida em busca do título inédito, além da Rainha do Futebol, outras 11 atletas disputarão pela primeira vez a Copa.
Seleção Brasileira Feminina: A base vem forte
Quem assumirá o protagonismo deixado por Marta? Não é uma pergunta fácil, mas alguns nomes promissores tem despontado e podem surpreender muito nesta edição do Mundial.
Entre elas, as meio-campistas Ary Borges e Kerolin, ambas de 23 anos, aparecem na lista de jovens talentos. Atualmente as atletas conseguiram seu espaço após as Olimpíadas e se tornaram titulares sob o comando da treinadora sueca.
Nesse sentido, outra meio-campista talentosa é Angelina, de 23 anos. A jogadora se estabeleceu na Seleção após os Jogos de Tóquio.
Contudo uma das grandes promessas do Brasil é a jovem Aline Gomes, suplente e destaque a se observar, a meio-campista já brilha no presente na Ferroviária e é uma promessa para o futuro. Aos 18 anos (recém completados), ela defendeu o Brasil nos mundiais sub-17 e sub-20 e foi convocada para a Seleção principal, isso apenas nos últimos 11 meses.
Além de Aline, a lateral Bruninha (21 anos) e a zagueira Lauren (20) ajudaram o Brasil a conquistar o terceiro lugar no último Mundial sub-20. Assim também são joias que merecem ser observadas pensando no futuro do futebol feminino brasileiro.
História e esperança de títulos
Pia Sundhage, técnica sueca de 63 anos, vê no Mundial deste ano uma oportunidade de conquistar o título inédito para o Brasil. Anteriormente, a treinadora levou os Estados Unidos ao ouro olímpico em 2008 e 2012. Na Copa do Mundo, porém, ela já chegou perto várias vezes, mas nunca levou o título.
Já a Seleção Brasileira chegou muito perto de conquistar o Mundial em 2007, mas bateu na trave, perdeu para Alemanha e ficou como vice-campeã naquela edição. Nesse sentido o Brasil disputará sua nona Copa do Mundo, sendo a primeira participação em 1991.
Além disso, a Seleção também possui duas medalhas olímpicas de prata em Atenas 2004 e Pequim 2008. As guerreiras do Brasil também possuem três medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos: Santo Domingo 2003, Rio de Janeiro 2007 e Toronto 2015.
Estreia no Mundial Feminino 2023
O Brasil enfrentará a França, a Jamaica e o Panamá no Grupo F. A estreia será na próxima terça-feira (24), às 8h (horário de Brasília), em Adelaide, contra o Panamá. No dia 29, às 7h, as adversárias serão as francesas, em Brisbane. Por fim, no dia 2 de agosto, as brasileiras enfrentarão as jamaicanas, novamente às 7h, em Melbourne.