O modelo de privatização da Eletrobrás será discutido pelo presidente Michel Temer nesta segunda-feira (06), juntos com ministros para falar sobre o assunto no Palácio do Planalto. A proposta da privatização do modelo será apresentada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, que mostrará pontos que foram conversados em reunião com os ministérios do Planejamento e Fazenda.
Um dos principais objetivos é arrecadar R$ 12 bilhões com a medida que poderá trazer mais competitividade e agilidade para a estatal. A distribuição desse valor também será discutida em reunião no Palácio. Outra meta é melhorar o caixa da União e estimular a economia além de abater dos encargos setoriais (que pode ajudar a reduzir a conta de luz) e recursos para a revitalização do São Francisco.
Além de Coelho Filho, ministros como o da Fazenda, Henrique Meirelles, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira.
A privatização da Eletrobrás foi anunciada no mês de agosto pelo governo. Nela, estão centenas de empresas que atuam em todas as três fases da cadeia produtiva do setor de energia elétrica. No total são 233 usinas de geração de energia, incluindo Furnas – que opera 12 hidrelétricas e duas termelétricas – e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), além de outras seis distribuidoras, das região Norte e Nordeste, e 61 mil quilômetros de linhas de transmissão, metade do total do país e o suficiente para dar uma volta e meia no planeta.
Privatizar a companhia pode ser um passo importante para que ela ganhe eficiência, dizem especialistas. Para alguns políticos, nem tanto. Senadores têm se queixado constantemente da desestatização, pois não querem perder o loteamento de cargos no setor. José Sarney é um deles que conversou com Temer há alguns dias e reclamou da ação.
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