O Ministério da Defesa de Taiwan anunciou neste domingo (9) que detectou 11 navios e 70 aviões das Forças Armadas da China, enquanto esta última realizava exercícios militares a grande escala ao redor da ilha.
Em resposta, as Forças Armadas de Taiwan colocaram aviões de patrulha aérea de combate, navios da Marinha e sistemas de mísseis terrestres em alerta.
O Comando do Teatro de Operações Oriental do Exército Chinês iniciou seus exercícios militares no sábado (8), com o objetivo de ensaiar a capacidade de tomar o controle marítimo, aéreo e de informações, sob o apoio do sistema de combate conjunto. O coronel Shi Yi, porta-voz do Comando, anunciou que as atividades se estenderão até 10 de abril.
As manobras ocorrem em meio a tensões causadas pela visita da líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, a California, onde se encontrou com o presidente da Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, para discutir, entre outros assuntos, a questão dos suprimentos de armas estadunidenses a Taipé.
Mais cedo, o exército chinês simulou ataques de precisão em Taiwan durante o segundo dia dos exercícios militares, com a participação de destróieres navais, lanchas rápidas de mísseis guiados, aviões de reabastecimento de combustível, entre outros tipos de aviões da Força Aérea, além de vários veículos com sistemas de lançamento de mísseis do Exército.
A situação tem gerado preocupações na comunidade internacional, uma vez que a China considera Taiwan como parte de seu território, e tem intensificado as atividades militares na região nos últimos tempos. Os Estados Unidos têm reforçado seu apoio militar a Taiwan, o que tem aumentado a tensão entre as duas nações.
Essa escalada de tensão entre a China e Taiwan, bem como o papel dos Estados Unidos nessa questão, tem sido motivo de discussão em vários fóruns internacionais. Alguns analistas acreditam que a situação poderia desencadear um conflito armado, enquanto outros acreditam que a questão pode ser resolvida por meio do diálogo e da diplomacia.
