Policiais civis da Delegacia Especializada de Defesa do Patrimônio Público e do Combate à Corrupção (DECCOR), com o apoio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN), prenderam, nesta sexta-feira (11), quatro suspeitos por práticas de crimes em aplicações de provas teóricas do órgão, na unidade do shopping Via Direta.
Eles foram autuados em flagrante delito pela suspeita das práticas dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e prevaricação.
Segundo as investigações, um suspeito com a conivência de servidores do órgão, ocupava o local de aplicação da prova do verdadeiro candidato, que era dispensado ainda com a prova em curso. No decorrer do trabalho investigativo, foram identificados três servidores e um terceirizado (que já trabalhou naquela autarquia).
As investigações começaram no início de fevereiro, com a direção do Detran oficiando à DECCOR com imagens de locais de prova. Ainda de acordo com as investigações, a verificação de documentos oficiais nas provas, mediante a presença do suspeito fraudador, era feita somente do verdadeiro candidato. O suspeito que ficava para realizar a prova falsamente já costumava ficar no local, aguardando o momento de entrar na sala e dar continuidade à prova de forma indevida.
Para o verdadeiro candidato ser dispensado, não havia justificativa; conforme constatou a investigação, ele simplesmente recebia um sinal de um servidor do DETRAN e saia da sala antes de acabar a prova, momento em que o falso candidato atuava na conclusão do exame teórico. As investigações sinalizaram que este esquema de fraude era praticado há, aproximadamente, três meses.
“Quem pagou para fazer a prova no lugar dele está cometendo um crime também e isto vai ser investigado ainda. A vítima é a sociedade, porque você vai estar colocando pessoas na rua habilitadas sem, de fato, serem aprovadas na prova teórica“, falou o delegado Anderson Dutra, da Deccor.
Os quatro suspeitos foram conduzidos até a delegacia; três pagaram fiança e foram liberados e um dos suspeitos foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil solicita que a população continue enviando informações, de forma anônima, por meio do Disque Denúncia 181.
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