O clima de tensão voltou a dominar a Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na manhã de hoje (16). Um dia após o assassinato de pelo menos 27 detentos que cumprem pena na unidade e, poucas horas depois de policiais militares deixarem o local, um grupo de detentos voltou a ocupar os telhados dos pavilhões.
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social diz que não se trata de mais uma rebelião, mas admite que devido ao “clima tenso” policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e do Grupo de Operações Especias (GOE) da Polícia Militar foram acionados para voltar ao local. Agentes da Força Nacional de Segurança estão do lado de fora da unidade, de prontidão para, se necessário, auxiliar as forças locais.
Imagens divulgadas pela imprensa exibem homens sobre os telhados de pavilhões empunhando paus, pedras e barras de ferro. Vestindo calções azuis, alguns homens enrolaram camisetas brancas na cabeça para esconder o rosto. Alguns integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) portam bandeiras improvisadas com lençóis enquanto gritam palavras de ordem como “a vitória é nossa”, em aparente provocação a integrantes do Sindicato do Crime do RN.
Detentos querem transferência de integrantes ligados à facção rival
Apenados ligados ao Sindicato do Crime do RN, que ocupam os pavilhões 1 e 3, querem a transferência dos integrantes ligados ao PCC, facção responsável pela morte de pelo menos 27 presidiários no último sábado (14), durante motim na maior prisão do Estado.
Os grupos exibem bandeiras com alusões às facções criminosas que fazem parte. Em uma das bandeiras, é possível ler “Fora PCC! Queremos a paz, mas não fugimos da guerra”.
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