O ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, acusado e preso na quarta-feira (7) por crimes de “rebelião” e “conspiração” por quebrar a ordem constitucional, foi transferido para um centro de detenção com o ex-primeiro-ministro Aníbal Torres.
A mídia local informou que ele seria transferido para uma prisão administrada pela polícia.
Castillo foi preso após sua destituição do cargo em um julgamento de impeachment após sua última tentativa de se manter no poder dissolvendo o Congresso. Ignorando a tentativa de Castillo de fechar o Legislativo por decreto, os legisladores avançaram com um julgamento de impeachment previamente planejado, com 101 votos a favor de removê-lo, seis contra e 10 abstenções.
Dina Boluarte foi empossada como presidente até 2026, tornando-se a primeira mulher a liderar o Peru.
Ela pediu uma trégua política após meses de instabilidade, incluindo duas tentativas anteriores de impeachment, e disse que um novo gabinete, incluindo todos os matizes políticos, seria formado.
Quem é Dina Boluarte
Dina Ercilia Boluarte Zegarra tem 60 anos e nasceu em Chalhuanca, Apurímac. Ela é advogada formada pela Universidade Privada San Martín de Porres, onde também fez mestrado em Direito Notarial e Registral, conforme seu currículo publicado na Plataforma do Estado Único.
Iniciou sua carreira política em 2007, no Registro Nacional de Identificação e Estado Civil (Reniec) de Surco, como assessora da alta direção e, posteriormente, como a responsável.
Em 2018, foi candidata a prefeita de Surquillo pelo Partido Peru Libre. Dois anos depois, em 2020, participou das eleições parlamentares extraordinárias, mas não conquistou a cadeira.
Nas eleições gerais de 2021, foi candidata à vice-presidência pelo partido Peru Libre, na chapa encabeçada por Castillo e que saiu vitoriosa no segundo turno, após obter 8.836.380 votos, segundo o Júri Nacional Eleitoral (JNE).
Em meio ao segundo turno, em que os peruanos decidiam se escolheriam Castillo, da extrema-esquerda, ou Keijo Fujimori, da extrema-direita, Boluarte fez algumas declarações em que indicou que fecharia o Congresso caso o Legislativo não coordenasse “a favor da Pátria com o Executivo”.
*Com informações da CNN
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