(ANSA) – Durante a missa que celebrou neste domingo (12), o papa Francisco fez críticas à sociedade atual, que vangloria o “corpo perfeito” e exclui pessoas doentes e com deficiência.
“Hoje, considera-se que uma pessoa doente ou com deficiência não pode ser feliz porque é incapaz de ter o estilo de vida imposto pela cultura do prazer e da diversão. Em uma época na qual um certo cuidado com o corpo converteu-se em mito de massa e em um grande negócio, o que é imperfeito deve ser escondido porque atenta contra a felicidade e a serenidade dos privilegiados e coloca em crise o modelo dominante”, disse o Pontífice durante o Jubileu dos doentes.
Francisco lembrou que essas pessoas são deixadas “em separado” e recebem da sociedade, no máximo, assistência através de entidades ao invés de serem incluídas como parte normal da vida.
“Mas na realidade, que ilusão vive o homem de hoje quando fecha os olhos perante à doença e à deficiência. Ele não compreende o verdadeiro sentido da vida, que implica também na aceitação do sofrimento e das limitações. O mundo não é melhor por ser composto apenas de pessoas aparentemente perfeitas, mas sim quando cresce a solidariedade entre os seres humanos”, ressaltou. Ontem (11), quando recebeu um grupo de pessoas com deficiência, o Papa reafirmou o mesmo discurso e destacou que um mundo de pessoas iguais “é muito chato”.
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