O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira (10 de janeiro) a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, exonerado do cargo no último domingo (8) durante a invasão de bolsonaristas ao Congresso, Palácio do Planalto e prédio do STF.
O pedido de detenção ocorre no mesmo momento em que a Polícia Federal está realizando uma operação de busca e apreensão na residência. No entanto, Torres está de férias nos Estados Unidos com a família.
A decisão de Moraes também veio após a determinação da prisão do ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira, responsável pelo esquema de segurança em Brasília no domingo. Vieira havia sido exonerado de sua função pelo interventor federal de segurança, Ricardo Capelli.
A prisão de Torres, que é ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo de Jair Bolsonaro, havia sido solicitada ainda no dia 8 de janeiro pela Advocacia Geral da União (AGU).
Assim como o governador do DF, Ibaneis Rocha, também afastado do cargo por determinação do ministro do STF, todos são apontados como possíveis responsáveis por “falhas” ou “omissões” no esquema de segurança.
Os bolsonaristas foram escoltados até a Praça dos Três Poderes pela PM e, lá, iniciaram a invasão e a destruição dos prédios federais.
Até o momento em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, determinou a intervenção federal na segurança do DF, os terroristas e vândalos conseguiram agir livremente na área por cerca de três horas e meia.
Após a decisão de Lula, a tropa de Choque e a Força Nacional de Segurança, além de agentes das polícias dos três poderes, conseguiram retirar os criminosos dos prédios em cerca de uma hora.
Com informações da agência ANSA*
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