(ANSA) – A Ku Klux Klan (KKK) completa 150 anos. Há um século e meio da sua criação, o grupo que prega a supremacia da raça branca parece ressurgir com as ideias fomentadas pelo candidato republicano à Casa Branca, o magnata Donald Trump.
No sul dos Estados Unidos, continuam sendo realizados rituais com as tradicionais vestimentas brancas e capuz. De acordo com uma reportagem da AP, os líderes da KKK acreditam que tem ganhado força a mentalidade de “nós contra eles”, como as propostas de Trump de limitar a entrada de imigrantes – apoiada pelo clã desde os anos 1920 –. Além disso, a KKK afirma que o número de afiliados cresceu desde a reeleição do presidente Barack Obama, em 2012, mas não quis revelar os dados exatos.
Em fevereiro, um ex-líder da KKK, David Duke, declarou apoio a Trump explicitamente. O magnata, por sua vez, não pareceu se incomodar. Seus rivais, inclusive dentro Partido Republicano, como os pré-candidatos Marco Rubio e Ted Cruz, criticaram-no duramente por não ter rejeitado o apoio. Trump lançou sua pré-candidatura à Presidência dos EUA há mais de um ano e, durante este período, fez declarações polêmicas sobre gays, imigrantes mexicanos, muçulmanos e terrorismo.
Criada no fim do século 19, a KKK participou dos episódios mais obscuros da história dos Estados Unidos. Fundada em 24 de dezembro de 1865, a organização ganhou força em 1866, no Tennesssee como um clube social que reunia veteranos confederados, a KKK promovia atos de violência, perseguições e intimidação contra negros.
A KKK teve três movimentos desde sua criação, sendo que a formação mais recente possui de cinco mil a oito mil apoiadores. Mas todos preferem manter o anonimato.
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