O desembargador Carlos Eduardo Fonseca Passos, que tomou posse nesta terça-feira (05), como o novo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), disse, em seu discurso, que vai trabalhar durante as eleições do ano que vem, para combater o poder do crime organizado e das igrejas em seu estado.
Além do combate a violência, Passos falou sobre suas outras prioridades. Como a existência de centros sociais, explorando a miséria dos eleitores e afetando o resultado eleitoral, entre outras. “…a influência do crime organizado no resultado das eleições, através do patrocínio de candidaturas de marginais; influxo inaceitável de entidades religiosas envolvendo-se em política partidária e apoiando candidaturas, naquilo que temos designado como abuso do poder religioso; realização de propaganda negativa em redes sociais, sem a possibilidade de um desmentido tempestivo; e a segurança e a normalidade das eleições”, destacou.
Ele ainda criticou o mau governo, não só do Rio de Janeiro, mas de todo o país. “A rigor, a política deveria prevenir ou remediar o mal. Nem se cogita de generalizar o bem, mas o que se vê na política partidária brasileira é a generalização do mal. Não se faz o bem e não se combate o mal. O mal é absoluto, é essência, especialmente na política partidária atual, é substância, ao passo que o bem constitui mero acidente. Somente uma grande coalizão, formada por várias instituições, com o Poder Judiciário, o Ministério Público e as polícias, permitirá que a vontade do eleitor prevaleça e as eleições transcorram em clima de normalidade”, declarou.
O desembargador Carlos Santos de Oliveira assumiu a vice-presidência. Ele também acumulará a função de corregedor eleitoral.
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