(ANSA) – O Exército da Nigéria anunciou nesta terça-feira (23) que matou o líder do grupo extremista Boko Haram, Abubakar Shekau, durante um ataque aéreo no estado de Borno, um dos refúgios dos jihadistas. Segundo declarações dadas ao jornal local “Internacional Business Times”, Shekau foi “ferido mortalmente”, mas a informação não pode ser checada de maneira independente.
Nos últimos dois anos, os nigerianos anunciaram por diversas vezes a morte do líder extremista, mas ele sempre reaparecia em vídeos do grupo. Além da morte de Shekau, outros 300 membros do Boko Haram teriam sido mortos no ataque.
Nas últimas semanas, a liderança do nigeriano chegou a ser abalada, com o anúncio de que o porta-voz do grupo teria assumido o posto. Porém, no dia 4 de agosto, Shekau apareceu em um vídeo dizendo que Abu Musab al-Barnawi não tinha assumido seu lugar.
Analistas afirmam que essa “confusão” foi causada por uma ruptura do juramento de lealdade feito pelo Boko Haram ao grupo Estado Islâmico (EI, ex-Isis) que, assim como os nigerianos, tenta manter um califado – só que entre a Síria e o Iraque.
Conhecido por sua extrema violência, matando cerca de 20 mil de pessoas e fazendo com que mais de dois milhões de nigerianos abandonassem suas residências, o grupo ficou conhecido mundialmente com o sequestro de mais de 200 estudantes da província de Chibok, na Nigéria. Até hoje, o paradeiro da maioria delas é desconhecido. Apesar de concentrar seus esforços, que vem perdendo força, no norte da Nigéria, o grupo atua ainda em Camarões, no Níger e em Chade.
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