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Estados vão congelar ICMS dos combustíveis por 90 dias

Imposto varia entre 25% e 34% nos estados

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado pelo governo e representantes dos estados, aprovou por unanimidade, nesta sexta-feira (29), o congelamento do “preço médio ponderado ao consumidor final”, no qual incide o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado nas vendas de combustíveis. A suspensão vale por 90 dias e entra em vigor no dia 1º de novembro, informou o Ministério da Economia.

De acordo com o governo, a medida visa colaborar com a manutenção dos preços nos valores vigentes. Atualmente, cada estado define o chamado “preço médio ponderado ao consumidor final” a cada 15 dias. Com a decisão, esse valor médio será congelado até 31 de janeiro. Em cima desse valor médio, é aplicada a alíquota, que varia entre 25% e 34% nos estados.

O anúncio ocorre em meio à forte alta dos combustíveis, provocada pelo aumento do petróleo no mercado internacional e pela desvalorização do real – fatores levados em conta pela Petrobras para calcular o preço nas refinarias. A alta é um dos motivos para que caminhoneiros, antes uma forte base de apoio do presidente Jair Bolsonaro, mobilizem uma paralisação no dia 1º de novembro, em protesto contra os aumentos. Nesta semana, a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço da gasolina e do diesel para as suas distribuidoras. O aumento foi de 7,04% para o litro de gasolina nas refinarias e de 9,15% para o diesel.

A decisão do governo e dos estados, de congelar por 90 dias o “preço médio ponderado ao consumidor final” ocorre após a Câmara dos Deputados ter aprovado um projeto que muda o cálculo da tributação dos combustíveis para tentar baixar o preço cobrado ao consumidor final. Para ter validade, o texto ainda precisa passar pelo Senado. A matéria virou prioridade para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), emulando o discurso de Bolsonaro. Segundo o presidente, o ICMS dos estados era o motivo pela alta dos combustíveis.

Nas últimas semanas, com a aprovação do projeto na Câmara, Bolsonaro passou a atacar a política de preços da Petrobras. Na última quinta-feira, 28, durante sua live semanal, afirmou que a Petrobras tem de ter um “viés social” e não deveria lucrar tanto. A empresa teve um lucro de 31,1 bilhões no terceiro trimestre, muito acima das estimativas do mercado. “A Petrobras é obrigada a aumentar o preço, porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido. Porque não é justo você viver num país que paga tudo em real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar”, afirmou.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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