Tosse, dor no corpo e espirro são sintomas que quase todo mundo tem pelo menos uma vez por ano. Mas como distinguir a gripe do resfriado? A pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Denise Onodera, afirma que o resfriado costuma atingir as vias aéreas, já a gripe tem um início mais repentino e abrupto.
“Normalmente, o resfriado apresenta dor e irritação na garganta, evoluindo para congestão nasal, coriza, espirros e obstrução das vias. A gripe tem como sintomas febre, calafrios, dor no corpo e fraqueza, acompanhado de problemas respiratórios contínuos”, explica.
Com relação ao tempo em que o vírus fica instalado no corpo, Denise afirma que na gripe a recuperação pode ser mais longa em relação ao resfriado. “O vírus da gripe fica entre três e sete dias no organismo, podendo persistir por mais tempo a fadiga e a fraqueza. O resfriado tende a desaparecer em uma semana”. Em ambos os casos, o aconselhável é a pessoa permanecer em repouso absoluto por 72 horas.
Para evitar as doenças, o indicado é manter alguns hábitos de higiene, como lavar as mãos, não compartilhar objetos de uso pessoal, manter os ambientes bem ventilados e evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe. “Outra dica fundamental é cobrir o nariz ao tossir ou espirrar com área interna entre o braço e o antebraço ao invés da mão”.
Sobre o contágio, a especialista explica que não necessariamente uma doença é mais fácil de transmitir do que a outra. O resfriado pode ocorrer durante todo o ano e a gripe, geralmente, em surtos com características sazonais, entre o outono e inverno.
Mas quando é o momento certo de procurar um especialista? A pneumologista é enfática: “quando a dor no peito, a falta de ar e a febre alta permanecerem por mais de 48 horas”.
Outra questão importante destacada por Denise Onodera é que, quando mal cuidado, o resfriado pode evoluir para doenças como bronquite aguda e bronquiolite. Já a gripe pode se tornar uma pneumonia e síndromes de Reye (caracterizada por náuseas, vômitos e sintomas neurológicos) e Guillain-Barré.
Por isso, a especialista indica sempre uma atenção especial em ambos os casos, para que o quadro não evolua para uma situação de maior risco.
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