Durante o mês de maio, especialistas de várias partes do país unem seus esforços a grupos de pacientes, para esclarecer a população em geral sobre a espondilite anquilosante. Trata-se de doença reumática de caráter inflamatório, crônica, e progressivamente incapacitante, que tem como principal sintoma uma dor bastante comum: a dor nas costas.
A espondilite anquilosante é uma inflamação das articulações da coluna vertebral e outras articulações, como quadris, ombros e membros inferiores. Acomete três vezes mais homens do que mulheres e pode apresentar os primeiros sintomas entre os 20 e 40 anos de idade. Cerca de 20% dos indivíduos com HLA-B27 (marcador genético) podem vir a desenvolver espondilite anquilosante. O diagnóstico correto pode demorar em média mais de cinco anos,pois a doença pode se apresentar em surtos de branda intensidade. Se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode levar à incapacidade física, com acentuada limitação dos movimentos e curvatura da coluna que dificulta o caminhar de forma ereta, ficando com o tronco curvado e a cabeça baixa – o paciente não consegue olhar para frente; somente para baixo.[consulte a cartilha da Sociedade Brasileira de reumatologia]
Como a maioria das doenças reumáticas de caráter inflamatório, a espondilite anquilosante, se diagnosticada precocemente e tratada adequadamente, pode devolver ao paciente boa qualidade de vida.
Principais Características da Espondilite Anquilosante1
A espondilite anquilosante se caracteriza pela dor persistente (por mais de um mês) na coluna e que surge de modo lento ou insidioso, com rigidez matinal (diminui de intensidade durante o dia), melhora com exercício e piora com repouso. A espondilite anquilosante pode se iniciar com dor nas nádegas, se espalhando pela parte posterior das coxas e inferior da coluna. Um lado pode ser geralmente mais doloroso do que o outro. A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor irradiada para o peito, que piora com respiração profunda, sentida ao redor das costelas, ocorrendo pela diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda. Alguns pacientes apresentam forte cansaço, perda de apetite e peso.
Tratamento e Diagnóstico
O diagnóstico é feito com base em exames clínicos, laboratoriais e de imagem (raios-X e ressonância magnética). O tratamento inclui fisioterapia, medicamentos (antiinflamatórios e agentes imumobiológicos) e adoção de hábitos saudáveis, como não fumar e prática de exercícios físicos.
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