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Com juros subindo, é possível baratear dívidas? Veja 6 dicas do Banco Bari

Em junho, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou nova elevação na taxa básica de juros, a Selic, que passou a 4,25% ao ano. A nova elevação foi necessária para tentar conter a aceleração da inflação, que, no acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2020 a maio de 2021), ultrapassa 8%.

Para quem irá contratar alguma modalidade de empréstimo, é bom ficar atento. A elevação da Selic traz como consequência o aumento das taxas de juros da maior parte dos empréstimos e financiamentos. “Como o mercado estima que os juros vão continuar subindo até que a inflação seja controlada, é necessário prestar atenção a modalidades de empréstimo e financiamento que ofereçam taxas mais em conta”, explica Evaldo Perussolo, CFO do Banco Bari.

Veja 6 dicas de Evaldo que vão te ajudar a deixar empréstimos e financiamentos sob controle:

É verdade que existe dívida ruim e dívida boa? Sim, é verdade. A primeira coisa que você deve analisar ao pegar um empréstimo bancário é a finalidade. Se o empréstimo for contraído para abrir ou ampliar um negócio, comprar um bem que realmente constituirá patrimônio, como um imóvel, ou ainda trocar uma dívida mais cara por outra mais barata, é uma dívida boa. Outro exemplo é pegar um empréstimo para reformar a casa e oferecer mais conforto para a família. Mas o empréstimo que for contraído para adquirir itens e/ou realizar gastos supérfluos ou que se deterioram com o tempo, sem agregar nenhum valor ao patrimônio, é uma dívida pouco saudável, que poderá não trazer nenhum benefício real a sua vida, e gerar dor de cabeça no futuro;

O segundo ponto é ficar de olho na taxa de juros paga ao banco. A pior delas é a do cheque especial, uma linha de crédito automática que muita gente nem percebe que está pagando. Desde 2019, o Banco Central estabeleceu que o juro máximo cobrado no cheque especial é de 8% ao mês. Achou pouco? Com os juros compostos (juros sobre juros), o resultado é 151,82% ao ano. Uma dívida de R$ 10 mil se transformará em R$ 25,5 mil em apenas 12 meses;

Outro ponto de atenção são as dívidas do rotativo do cartão de crédito, uma linha de crédito automática oferecida para quem não consegue pagar a fatura ou paga apenas parte dela. Desde 2017, quem tem cartão de crédito pode pegar este tipo de empréstimo apenas uma vez por mês. A partir daí, o banco é obrigado a oferecer o parcelamento da dívida, com juros menores. Mas a conta pode ficar salgada do mesmo jeito. Em estatística divulgada pelo Banco Central (período de 28 de maio a 4 de junho), a taxa de juros por esta modalidade pode chegar a 850% ao ano!

E por que as taxas de juros variam tanto de banco para banco e, muitas vezes, conforme o histórico do tomador? Além da evolução da taxa básica de juros e dos juros de mercado negociados entre os bancos, um fator tem grande peso na definição dessa taxa: o risco de inadimplência, ou seja, de o tomador do empréstimo não pagá-lo. Por isso, pessoas com pontuação alta em sistemas de avaliação de risco (credit scoring), via de regra, conseguem empréstimos com taxas menores do que os que têm pontuação baixa.;

Mas há como reduzir essa taxa? Sim, há. Algumas modalidades de crédito permitem que o tomador deixe um bem em garantia do pagamento do empréstimo. Um exemplo é o tradicional penhor de joias da Caixa Econômica Federal, modalidade na qual uma joia fica como garantia e só é restituída se o empréstimo for pago. Outro exemplo é o crédito consignado, oferecido a servidores públicos, aposentados e trabalhadores com carteira assinada. Como o desconto é feito diretamente na folha de pagamento, o risco de inadimplência é baixo e o banco oferece juros menores. Nos exemplos citados, no entanto, os valores de empréstimo são bastante limitados;

Há outras opções? Sim. Uma delas é uma modalidade nova de financiamento, conhecida como Crédito com Garantia de Imóvel (CGI). Nesta modalidade, também conhecida como home equity, o banco oferece o empréstimo e utiliza um imóvel do tomador como garantia. O benefício é que os valores do crédito são elevados, conforme o valor do imóvel, e as taxas de juros são bem menores. Ou seja, via de regra, são empréstimos com taxa de juros mais baixas quando comparadas a outras modalidades de crédito (cheque especial, cartão de crédito, etc), e ainda contam com prazo maior para pagamento do empréstimo. Esses dois fatores possibilitam que a parcela mensal seja menor e se enquadrem mais facilmente na renda mensal do cliente. Em alguns bancos, como o Bari, as taxas podem partir de 0,70% a.m. Em alguns bancos, há outras vantagens nesse tipo de empréstimo, como a flexibilidade de tomar novos empréstimos dentro de um limite previamente fixado.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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