Uma comunidade cada vez mais crescente está chamando a atenção do mundo. Com um hacker do corpo, ou biohacker, que consiste na implantação de um chip do tamanho de um grão de arroz na mão esquerda ou direita, é possível fazer logon em computadores e até abrir portas.
A startup americana Dangerous Things (Coisas Perigosas) criada em 2013, com sede em Seattle, produz e distribui milhares de chip de implantes de Identificação por Rádio Frequência (RFID, sigla em Inglês) para milhares de pessoas ao redor do mundo, de acordo com relatórios da CNBC.
O CEO da empresa, Amal Graafstra, é conhecido por ter implantado um chip RFID em sua mão esquerda em 2005, com o qual consegue abrir a porta de sua casa. O objetivo da empresa é “atualizar a vida” e seu fundador chama as pessoas para “abrir portas, carros e computadores” com um chip que custa cerca de US $ 100.
Em seu primeiro ano, a Dangerous Things vendeu 500 chips RFID. Mas, segundo Graafstra, a empresa já vendeu mais de 10.000 chips RFID implantáveis para pessoas ao redor do mundo até o momento. Só em 2015 a empresa vendeu US $ 150.000 em chips implantáveis e US $ 100.000 no ano anterior, disse Graafstra.
Os chips RFID funcionam através da emissão de ondas de rádio para transmitir informações. Eles podem ser comparados aos cartões que nos dão acesso a edifícios ou para ajudar a verificar os estoques nas lojas.
Chip Uki
Em março, Graafstra foi na Feira CeBit, na Alemanha, para promover o mais recente chip implantável de sua empresa, o Uki. De acordo com Graafstra, o chip permitirá que as pessoas façam muito mais do que apenas abrir portas de carros, edifícios e escritórios ou façam login em sites e computadores. O modelo avançado é “como um pequeno computador em um dispositivo que pode ser implantado” e permite “baixar várias aplicações”, disse Graafstra.
O Uki vai permitir que as pessoas façam compras online usando bitcoin, enviando suas carteiras bitcoin para o dispositivo implantável, bem como permitir que as pessoas possam armazenar e enviar mensagens criptografadas. Ainda não há informações de quando o novo chip estará à venda, mas Graafstra está bastante confiante com a novidade.
Hackers
No entanto, apesar dos benefícios destacados pelos ‘hackers do corpo’, os chips RFID podem ser explorados com fins perigosos. De acordo com um relatório da empresa de pesquisa de mercado norte-americana Forrester Research, os hackers podem usar softwares maliciosos para controlar estimuladores cardíacos ou outros dispositivos médicos além de extrair informações dos chips. Mas a expectativa é que com algumas atualizações e com o uso da criptografia, os chips RFID possam se tornar cada vez mais seguros para os usuários.
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