Dirigir à noite pode ser bastante perigoso, seja pela visibilidade comprometida e ofuscada devido as luzes dos faróis, ou por algum animal que invade a pista inesperadamente. Pensando nisso, cientistas desenvolveram uma tecnologia de visão noturna embutida no vidro de pára-brisas do carro.
A tecnologia conta com um sistema de imagem térmica utilizando folhas de grafeno super fino e transparente, que também poderia ser construído em telefones, laptops ou até mesmo janelas de sua casa.
Se adicionado aos carros, esta tecnologia poderia dar aos motoristas a possibilidade de ver mais claramente animais correndo pela estrada, mostrando raios infravermelhos invisíveis que as criaturas e objetos emitem na forma de calor.
Atualmente, a maioria dos sistemas de imagens infravermelhas usadas por soldados e bombeiros, por exemplo, requerem sistemas de refrigeração criogênicos volumosos, lentos e caros. Estes são necessários para filtrar a radiação de fundo ou “ruído” e ajudá-los a ver claramente os objetos no escuro.
Agora, engenheiros elétricos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sistema alternativo utilizando folhas de grafeno. Estas folhas são cada uma formada por uma única camada de átomos de carbono dispostas numa estrutura parecida com um favo de mel.
O material revolucionador desde eletrônicos a edifícios, pode ser 200 vezes mais forte que o aço e também conduz eletricidade. No coração do projeto, publicado no ACS’ journal Nano Letters, está um remendo quadrado de grafeno, que atua como um sensor de calor. O grafeno é combinado com dispositivos de silício microscópicos (MEMS) para converter os sinais térmicos em elétricos.
Grafeno
O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante, o grafite, os nanotubos de carbono e fulerenos. O grafeno de alta qualidade é muito forte, leve, quase transparente, um excelente condutor de calor e eletricidade. É o material mais forte já demonstrado, consistindo em uma folha plana de átomos de carbono densamente compactados em uma grade de duas dimensões. É um ingrediente para materiais de grafite de outras dimensões, como fulerenos 0D, nanotubos 1D ou grafite 3D.
O termo grafeno foi proposto como uma combinação de grafite e o sufixo -eno por Hanns-Peter Boehm. Foi ele quem descreveu as folhas de carbono em 1962.
Na época em que foi isolado, muitos pesquisadores que estudavam nanotubos de carbono já estavam bem familiarizados com a composição, a estrutura e as propriedades do grafeno, que haviam sido calculadas décadas antes. A combinação de familiaridade, propriedades extraordinárias e surpreendente facilidade de isolamento permitiu uma explosão nas pesquisas sobre o grafeno. O Prêmio Nobel de Física de 2010 foi atribuído a Andre Geim e Konstantin Novoselov da Universidade de Manchester por experiências inovadoras em relação ao grafeno.
Com informações do Daily Mail
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