Em redes sociais, Lula e apoiadores relembram vitória nas urnas

Nesta segunda-feira (30) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou o marco de um ano desde a vitória dele nas urnas, em 30 de outubro do ano passado, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A disputa entre os adversários de lados opostos do espectro político marcou o segundo turno mais apertado do país desde a redemocratização. Nas redes sociais, o petista escreveu que “há um ano, a democracia vencia nas urnas”.

“De lá pra cá, retomamos programas sociais, reduzimos o desmatamento e o desemprego, recuperamos a imagem do Brasil no mundo e a vida melhorou. O que você está achando e como está se sentindo 1 ano depois?”, prosseguiu Lula. Há um ano, o Brasil vivia um dia decisivo para a história com o segundo turno da eleição presidencial entre Lula, então ex-presidente, e Bolsonaro (PL), àquela altura chefe do Executivo em busca da reeleição.

O cenário era de que havia possibilidade para qualquer um deles ganhar no segundo turno e, por isso, as campanhas se tornaram ainda mais relevantes. Analistas apontavam para dois fatos históricos do Brasil ao tecer previsões: até então, um presidente em exercício nunca havia perdido a reeleição; e nunca tinha acontecido uma virada de um postulante do primeiro pleito para o segundo. Ao fim e ao cabo, a diferença entre os dois diminuiu, e Lula foi eleito para um terceiro mandato por margem de pouco mais de 2 milhões de votos: 59,90% a 49,10%.

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Lula presidente, relembre os detalhes

Há exato um ano atrás, a vitória de Lula foi confirmada pela Justiça Eleitoral às 19h57, com 98,81% das urnas apuradas, quando o petista tinha 50,83% dos votos válidos (59.563.912), e Bolsonaro, 49,17% (57.627.462). O resultado apresentou a derrota histórica de Bolsonaro. Primeiro presidente brasileiro que não consegue renovar o mandato nas urnas desde o instituto da reeleição, em 1998. Já Lula é o segundo chefe de Estado que comandou o país por mais tempo, atrás apenas de Getúlio Vargas. No caso do petista, todo o período no poder foi conquistado de forma democrática, por eleições diretas.

Lula chegou a sonhar com uma inédita vitória em primeiro turno, mas faltaram votos para esse objetivo: o petista passou para a rodada final com 48,4% dos votos, contra 43,2% de Bolsonaro. O candidato à reeleição passou a campanha de segundo turno na tentativa de superar essa diferença, que ultrapassava 6 milhões de votos. Bolsonaro chegou a largar forte, encurtando a distância nas pesquisas, mas perdeu fôlego na reta final, sobretudo devido aos próprios erros. Exemplo disso é a declaração do mandatário sobre o episódio no qual ele disse que “pintou um clima” com adolescentes venezuelanas, que Bolsonaro teve dificuldades para explicar.

Já Lula se beneficiou de uma ampla rede de apoios na reta final, como atuais aliados, e adversários políticos históricos, a exemplo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Simone Tebet (MDB), que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, com 4,2% de votos, e participou ativamente da campanha do petista na segunda fase da disputa.

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