Reforma Ministerial: Lula afirma que será realizada, mas falta iniciar as tratativas

Nesta terça-feira (25) o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que irá começar a conversar com os que integram os partidos do chamado ‘Centrão’ em especial o PP e o Republicanos. Com o objetivo de definir a entrada ao seu governo.

Lula ainda ressaltou que no entanto, o espaço destinado às legendas ainda será definido e que “mente” quem diz que já tratou sobre o assunto diretamente com ele. “Acho que é plenamente possível agregar partidos do Centrão ao governo. Vamos discutir isso nos próximos dias. Não estou preocupado. Ainda não fiz conversa com ninguém”, começou o presidente.

“Vejo todo dia boatos. O presidente não conversou com ninguém. Se tiver gente falando que conversou com presidente, é mentira. Quando eu conversar, quero que a imprensa saiba porque não tem conversa sigilosa no governo”, afirmou Lula em sua live semanal “Conversa com o Presidente”.

Porém o chefe do Executivo afirmou que mantém conversas com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com líderes partidários. O petista afirmou que sente “muita boa vontade” por parte de congressistas de “fazer as coisas acontecerem”, como a aprovação da Reforma Tributária na Câmara.

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O presidente aproveitou para reclamar dos pedidos realizados pelas legendas do Centrão sobre quais ministérios querem comandar. De acordo com ele, as vontades do grupo é maior por espaços que tenham recursos para o pagamento de emendas e que tenham ações para entregar nas pontas. Como por exemplo, a construção de hospitais, pontes, quadras esportivas, etc.

“É direito das pessoas dizer que estão afim de participar do governo. Para participar do governo, pode ter um ministério. Agora, não é o partido que quer vir para o governo que escolhe o ministério. Quem escolhe, indica, oferece o ministério é o presidente da República”, enfatizou Lula.

Aliança com partidos do “Centrão”

Durante a exibição da live, Lula aproveitou para abordar a forma como parte da mídia trata as negociações para obter espaços em seu governo. O presidente afirmou que ele não mantinha conversa com o ‘Centrão’, mas sim, com partidos políticos individualmente.

“Eu não quero conversar com o Centrão enquanto organização. Eu quero conversar com o PP, com o Republicanos, com o PSD, com o União Brasil. É assim que a gente conversa. E é normal que, se esses partidos quiserem apoiar a gente, eles queiram participar do governo. E você tentar arrumar um lugar para dar tranquilidade ao governo nas votações que nós precisamos para melhorar, aprimorar o funcionamento do Brasil”, iniciou.

“É exatamente isso que vai acontecer. Lamentavelmente, a imprensa trata como ‘é dando que se recebe’. Em qualquer lugar do mundo se faz acordo”, pontuou. “Quando eu conversar, terei todo o interesse que a imprensa saiba, porque não tem conversa sigilosa na minha política. É o técnico querer escolher o jogador que vai colocar em campo. E fica ‘só no vestiário’. Mas uma hora vai ter que colocar o cara em campo e todo mundo vai saber quem vai jogar. E você tem que escolher o cara que vai contribuir mais com o país“, completou.

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