Arthur Lira defende mudanças na reforma tributária e afirma que reforma administrativa é ‘próximo movimento’

Nesta segunda-feira (24) o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) defendeu que o Senado altere pontos da Reforma Tributária e pediu mobilização pela reforma administrativa.

Lira marcou presença no evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), e discutiu sobre a Reforma Tributária. A medida está em tramitação na Câmara, o texto já passou pelo Senado e tem como relator o senador Eduardo Braga (MDB-AM).

Sem apresentar as possíveis mudanças, Arthur Lira afirmou que as alterações são extremamente necessárias para oferecer “tranquilidade“. Na ocasião ele apontou que é importante que haja um menor número de setores contemplados com as alíquotas reduzidas previstas pela reforma, de modo a preservar a alíquota global.

“Eu penso que o Senado, o presidente Pacheco fez uma excelente escolha, não vou deixar de ressaltar a capacidade técnica do relator, Eduardo Braga, e o Eduardo estando contemplado como está a zona franca [de Manaus] ele vai se preocupar com outros assuntos vai ficar com a cabeça ainda mais tranquila para tratar de assuntos que eu penso que tem que ser modificados”, pontuou Lira.

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De acordo com o presidente da Casa, as decisões tomadas pela Câmara vão ser respeitadas, mas segundo ele “alguma coisa vai ter que ser reduzida na reforma para a gente ter tranquilidade”.

Arthur Lira e a Reforma administrativa

No evento, Lira pediu novamente o apoio para que haja aprovação da reforma administrativa. O texto já passou por uma comissão especial da Câmara e pode ser levado ao plenário.

“Vamos tratar da reforma administrativa. Ela está pronta para o plenário, precisa de mobilização de todos. Ela não fere, não rouba e não machuca direito adquirido. E vai dar teto para nossas despesas e previsibilidade para o serviço público. É o próximo movimento”, afirmou Lira.

A reforma administrativa foi enviada ao Congresso em setembro de 2020 pelo governo do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL). Além disso, a proposta tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios.

Um passo de cada vez

De acordo com as informações divulgadas por Arthur Lira, ainda não foi conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro Fernando Haddad assuntos relacionados aos projetos que pretendem taxar fundos e renda. O presidente da Câmara pontuou que é melhor que a questão seja discutida somente após a aprovação da reforma tributária no Senado.

“Acho que o governo iniciar uma discussão sobre a renda, taxação dos offshores, fundos, no meio da reforma tributária isso pode atrapalhar o ambiente. Vamos tratar de matar um leão por vez”, afirmou.

Se a minha opinião for perguntada, vou dizer ‘vamos esperar terminar a reforma tributária para que a gente avance nesses outros aspectos de taxação de renda e dos fundos para um momento de mais discussão, mais apurada e única, centralizada nesse assunto”, defendeu.

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