Polícia Federal prende suspeito de liderar os ataques em 8 de janeiro

Foi preso pela a Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (20), Diego Ventura, suspeito de ser um dos principais líderes dos ataques golpistas ocorridos em Brasília em 8 de janeiro. A prisão do comerciante ocorreu em Campos dos Goytacazes, região norte do Rio de Janeiro.

De acordo com as informações divulgadas pela PF a prisão de Ventura contribui para um desdobramento adicional da operação Lesa Pátria, que teve início em 20 de janeiro. A operação tem como objetivo identificar indivíduos que estiveram envolvidos, financiaram ou prestaram auxílio aos ataques golpistas ocorridos na capital federal.

A prisão do suspeito, que ocorreu durante um evento intitulado “Assembleia Nacional da Direita Brasileira”, foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Além disso, a PF aproveitou para cumprir também três mandados expedidos pelo Supremo, sendo um de prisão, um de busca pessoal e um de busca e apreensão.

No momento em que ocorreu a operação, Ventura teve o seu celular apreendido pela PF. Ele é suspeito de exercer liderança sobre um grupo de extrema direita que estava acampado na frente do quartel-general do Exército em Brasília. Em dezembro de 2022, o suspeito foi detido pela Polícia Militar do Distrito Federal enquanto se dirigia à sede do STF, portando itens como estilingues, rádios comunicadores e faca, mas foi liberado no mesmo dia.

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Logo depois o comerciante foi flagrado em vídeo do lado de fora do Supremo, chutando grades de contenção antes do início da invasão. Além disso, imagens o mostram dentro do prédio, participando de atos de depredação.

Ataques golpistas 8 de janeiro

Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro depredaram os prédios públicos do Congresso Nacional, do Superior Tribunal Federal e do Palácio do Planalto após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os vândalos marcharam da frente do Quartel-General do Exército até a Esplanada, furaram, sem resistência da Polícia Militar, um bloqueio e invadiram os edifícios dos Três Poderes.

A invasão vinha sendo preparada por extremistas leais ao ex-presidente Bolsonaro desde o dia 3 de janeiro, quando radicais começaram a divulgar com grande intensidade mensagens em aplicativos como o Telegram e o WhatsApp, para trazer manifestantes de todo o País para a capital federal, com todas as despesas pagas.

Poucos dias após os ataques, os primeiros vândalos envolvidos no episódio começaram a ser presos. A Política Militar do Distrito Federal prendeu parte daqueles que estavam presentes na ação e dos que estavam acampados em frente ao Quartel-General do Exército. Ao todo, mais de 1,3 mil golpistas foram levados pela polícia.

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