PF prende hacker da Vaza Jato após descumprir decisão judicial
A Polícia Federal (PF) prendeu na última terça-feira (27) Walter Delgatti Netto. Mais conhecido como o hacker da Vaza Jato, a cúpula da PF e o advogado do hacker confirmaram sua prisão.
Delgatti teve sua prisão decretada em 2019 após fazer parte da operação Spoofing por interceptação telefônica ilegal. Ele foi responsável por invadir perfis no Telegram de procuradores na época da Lava Jato.
No ano de 2020 no mês de outubro, o hacker da Vaza Jato teve sua liberdade concedida e começou a cumprir sua pena em regime aberto. Segundo informações, Walter teve sua prisão decretada novamente após não cumprir medidas judiciais.
Delgatti revelou que foi procurado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2022. O assunto entre os dois foi a segurança das urnas eletrônicas, no encontro segundo informações ele afirmou que poderia hackear o celular do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
Os responsáveis pela campanha de Bolsonaro não confirmaram a realização do encontro. Porém o advogado do hacker da Vaza Jato disse que ele esteve com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto juntamente com a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).
Entenda como Walter Delgatti ficou conhecido por “Hacker da Vaza Jato”
A alcunha de “Hacker da Vaza Jato” se deu após Walter Delgatti Netto se tornar o responsável pelo vazamento de mensagens que ficou conhecido como “Vaza Jato“. As conversas apontavam um acordo realizado entre o então juiz Sérgio Moro e o ex-procurador do Ministério Público Deltan Dallagnol.
Esse acordo tinha como objetivo realizar prisões na Operação Lava-Jato. No ano de 2019 Delgatti confessou que teve acesso aos celulares dos procuradores, mas pontuou que não alterou os conteúdos e nem pediu dinheiro pelas mensagens.
As mensagens tiveram sua divulgação feita através do site The Intercept Brasil no mesmo ano. Logo após essa situação, Sérgio Moro teve 8 de 45 sentenças anuladas durante a operação. Uma delas inclsuive foi contra o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos casos do triplex no Guarujá e do sítio de Atibaia.