Consórcio Nordeste na mira da PF: operação investiga recursos desviados em aquisição de respiradores
O episódio ganhou destaque durante o mandato de Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, que na época era governador da Bahia e presidente do consórcio.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (1) a segunda fase da Operação Cianose, visando recuperar valores desviados na aquisição de respiradores pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste.
Agentes da PF cumprem 34 mandados de busca e apreensão, além de medidas judiciais de sequestro de bens, expedidos pela Justiça Federal da Bahia, nos estados da Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Os crimes investigados incluem fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
O episódio ganhou destaque durante o mandato de Rui Costa, atual ministro da Casa Civil, que na época era governador da Bahia e presidente do consórcio. Hoje, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, ocupa a presidência do grupo.
A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) devido ao envolvimento de Rui Costa, que autorizou a compra dos respiradores, nunca entregues. A primeira fase da operação já havia focado no ex-secretário do governo baiano, Bruno Dauster.
De acordo com a Polícia Federal, esta segunda etapa da Operação Cianose continua apurando supostos crimes na compra dos aparelhos da empresa Hempcare, durante o auge inicial da pandemia de Covid-19 no Brasil.