Volta de impostos federais vai impactar no preço da gasolina e etanol
Um possível aumento no preço dos combustíveis vem preocupando os donos de postos. Isso porque a partir desta quinta-feira (29) a Medida Provisória (MP) que prorroga a redução de alíquotas de PIS/Cofins e Cide no etanol, gasolina comum e no gás natural veicular (GNV) perdeu a validade.
Isso significa que os impostos federais sobre esses combustíveis já estão maiores nesta quinta-feira. As informações são de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e o Instituto Combustível Legal (ICL).
O repasse total dos tributos nos combustíveis deve provocar um aumento de R$0,34 por litro no preço da gasolina e de R$0,22 no de etanol hidratado. Já o valor do GNV sofre aumento de 9,25% com a volta do PIS/Cofins. Vale ressaltar que os estabelecimentos tem autonomia para definir os preços de vendas dos seus produtos.
De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do DF (Sindicombustíveis), Paulo Tavares alguns desafios podem aparecer para pequenas e médias empresas do setor devido a expiração da MP1.163/2023. Além do aumento dos custos para os revendedores.
“Essas empresas desempenham um papel fundamental na economia. Gerando empregos e contribuindo para o crescimento econômico. No entanto, devido à sua menor capacidade de absorver aumentos significativos nos custos. Elas podem enfrentar dificuldades financeiras diante dessa mudança”, afirma o presidente do Sindicombustíveis.
Aumento de impostos nos combustíveis
Em junho de 2022 para conter a alta nos preços os impostos federais referente a gasolina e o etanol tinham sido zerados. Essa medida não seria mais válida a partir de 1° de janeiro. Mas o atual presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esticou o prazo para mais dois meses.
Já em fevereiro, uma alta parcial foi apresentada através da equipe econômica com um impacto de R$0,47 por litro para a gasolina e de R$0,02 por litro quando se trata do etanol.
O governo fez questão de criar um imposto sobre a exportação do petróleo cru. Para que fosse recompensada a arrecadação com um aumento que fosse apenas parcial.
O prazo estabelecido foi em 30 de junho, mas na última quarta-feira (28) a medida provisória que estabelece os valores e o novo imposto perdeu a validade. Sem aprovação no Congresso, com isso sua retomada referente a cobrança integral acontece a partir desta quinta-feira (29).