Servidor do INSS é afastado por suposto esquema de corrupção no RN
O servidor investigado é acusado de alterar dados nos sistemas informáticos da previdência para viabilizar a liberação de empréstimos consignados fraudulentos.
Nesta sexta-feira (23/08), a Polícia Federal desencadeou uma operação importante, denominada Operação Hoplias, que busca desmantelar um esquema de corrupção envolvendo um servidor público do INSS no Rio Grande do Norte. Se você está se perguntando o que exatamente aconteceu, fique por dentro dos detalhes.
A operação não foi pequena. Contou com a participação da Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária (CGINP/MPS), mostrando que as autoridades estão investigando profundamente a situação. Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, todos autorizados pela 14ª Vara da Justiça Federal/RN. Além disso, o servidor do INSS foi afastado temporariamente de suas funções enquanto as investigações prosseguem.
O que as investigações descobriram é alarmante. A Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários, juntamente com a Inteligência Previdenciária, desvendou um padrão de irregularidades envolvendo esse servidor. Segundo as autoridades, ele utilizava sua posição para manipular dados nos sistemas da Previdência, o que permitia a liberação de empréstimos consignados fraudulentos, desbloqueios indevidos de benefícios e até a criação de créditos retroativos, tudo isso de maneira ilegal.
Mas não pense que ele estava sozinho nessa. O servidor supostamente contava com a ajuda de agentes de crédito, que agiam como intermediários. Esses agentes facilitavam o esquema, garantindo que as fraudes ocorressem sem problemas. No entanto, houve ocasiões em que ele teria agido por conta própria, exigindo dinheiro diretamente dos beneficiários em troca de realizar tarefas que, na verdade, faziam parte de suas obrigações como servidor público.
Agora, você deve estar curioso sobre o nome da operação, Hoplias. Esse nome é uma referência ao gênero científico do peixe traíra. Na natureza, a traíra é um predador furtivo, que se esconde nas sombras para atacar. O nome foi escolhido porque, assim como o peixe, as ações do servidor suspeito eram realizadas de forma sorrateira e traiçoeira, prejudicando a confiança que a sociedade deposita em instituições públicas como o INSS.