Policial é investigado por divulgar fotos íntimas de ex-namorada em grupo no Ceará
Policial militar do Ceará está sendo investigado por divulgar fotos íntimas de sua ex-namorada em um grupo do WhatsApp. O caso envolve acusações de registro não autorizado da intimidade sexual, divulgação de cenas de sexo ou pornografia e violência doméstica contra a mulher. As investigações estão em curso pela Polícia Civil e pela Controladoria Geral de Disciplina, com o Ministério Público solicitando a prorrogação do prazo para ouvir testemunhas essenciais.
Um policial militar está sob investigação da Polícia Civil do Ceará (PCCE) e da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) por suspeita de divulgar fotos íntimas de sua ex-namorada em um grupo do WhatsApp. O caso, que teve início em março de 2022, envolve o compartilhamento de imagens comprometedoras em um grupo de estudantes de uma faculdade que o suspeito e a vítima frequentavam.
A sindicância disciplinar contra o cabo foi formalmente instaurada conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 19 de julho. O nome do policial não foi divulgado para preservar a identidade da vítima. Além do processo administrativo, o militar também é alvo de um inquérito policial conduzido pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Fortaleza.
Processo administrativo e investigação policial
Desde maio de 2022, a Polícia Civil do Ceará investiga o caso, que envolve acusações de registro não autorizado da intimidade sexual, divulgação de cena de sexo ou pornografia, e violência doméstica contra a mulher. Esses crimes têm penas que variam de 6 meses a 5 anos de reclusão. O processo administrativo instaurado pela CGD visa avaliar a conduta do policial e pode resultar em punições disciplinares severas.
A investigação criminal tem enfrentado alguns atrasos. Em fevereiro deste ano, o 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher prorrogou o prazo do inquérito policial por mais 60 dias. No entanto, até esta segunda-feira (22), 154 dias após a prorrogação, não houve movimentação significativa no processo.
Solicitação do ministério público e testemunhas
O Ministério Público do Ceará (MPCE) solicitou à Justiça Estadual a prorrogação do prazo da investigação para permitir que a Polícia Civil intime e ouça duas testemunhas apontadas pela vítima. Essas testemunhas são consideradas essenciais para fornecer maiores esclarecimentos sobre o caso e corroborar as alegações da vítima contra o policial.
A divulgação de imagens íntimas sem consentimento é um crime grave que viola a privacidade e a dignidade da vítima. Este caso ressalta a importância de um processo investigativo rigoroso e transparente para garantir justiça e responsabilização adequada dos envolvidos. As autoridades seguem trabalhando para esclarecer todos os detalhes do caso e assegurar que os direitos da vítima sejam respeitados.