Homem é preso em Parnamirim por estuprar as próprias filhas
Segundo informações oficiais, os crimes foram praticados contra duas de suas filhas, de 11 e 14 anos.
Policiais civis da Delegacia Especializada na Proteção da Criança e do Adolescente de Parnamirim (DPCA) realizaram, nesta quarta-feira (17), a prisão definitiva de um homem de 52 anos, acusado de praticar crimes sexuais contra suas próprias filhas. A prisão aconteceu em Parnamirim, na Grande Natal.
De acordo com as autoridades, o homem cometeu os crimes de estupro e estupro de vulnerável contra duas de suas filhas, que na época tinham 11 e 14 anos. Ele foi condenado a 25 anos, 9 meses e 5 dias de prisão em regime fechado. Após a prisão, o homem foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Os nomes dos envolvidos não foram revelados para manter a privacidade e dignidade das vítimas menores.
A Polícia Civil reforça a importância da colaboração da população e pede que qualquer informação relevante seja repassada de forma anônima através do Disque Denúncia 181.
Brasil registra um crime de estupro a cada seis minutos em 2023
O Brasil registrou um crime de estupro a cada seis minutos em 2023, totalizando 83.988 casos de estupros e estupros de vulneráveis. Esses números representam um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. A maioria das vítimas são mulheres, e os agressores, em grande parte, são pessoas conhecidas da vítima.
Os dados foram divulgados pelo 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O relatório não só destaca o aumento dos casos de estupro, mas também aponta um crescimento em todas as formas de violência contra a mulher no país. O perfil dos agressores se mantém constante: quase todos são homens, um dado fundamental para a criação de políticas públicas eficazes.
Segundo o anuário, 76% dos casos de estupro registrados em 2023 são de estupro de vulnerável, crime definido na legislação brasileira como a prática de conjunção carnal ou ato libidinoso com vítimas menores de 14 anos ou incapazes de consentir por qualquer motivo, como deficiência ou enfermidade.
O perfil das vítimas não mudou significativamente: 88,2% são meninas, 52,2% são negras e 61,6% têm no máximo 13 anos. A maior parte dos crimes ocorre nas residências das vítimas (61,7%) e é cometida por familiares ou conhecidos (84,7%). Crianças e adolescentes até 17 anos representam 77,6% dos registros.
O anuário chama atenção para a prevalência de estupros de crianças e adolescentes entre 10 e 13 anos, com 233,9 casos para cada 100 mil habitantes, uma taxa quase seis vezes superior à média nacional de 41,4 por 100 mil. Para bebês e crianças de 0 a 4 anos, a taxa de vitimização é de 68,7 casos por 100 mil habitantes, 1,6 vezes superior à média nacional.
Entre os meninos, a maior incidência de estupros ocorre entre os 4 e 6 anos de idade, diminuindo significativamente à medida que se aproximam da vida adulta.