Não é incomum irmos ao supermercado e simplesmente pegarmos uma série de produtos baseados na informação principal da embalagem: “pizza”, “peito de frango”, “molho de tomate” e assim por diante já são informações suficientes sobre o produto, num primeiro momento.
As coisas não são bem por aí, porém. Praticamente qualquer produto encontrado nas gôndolas, geladeiras e freezers são, na verdade, resultado de processos industriais envolvendo bastante química, e que vão muito além dos ingredientes esperados.
Naturalmente que palavras como “acidulante” e “emulsificante” podem intimidar e, outras vezes, simplesmente não significam nada para nós. Não deveria ser assim.
Do ponto de vista nutricional, é importante conhecermos o que está presente nos alimentos que compramos, consumimos e servimos para nossas famílias. Processos como a titulação química nos permitem desvendar diversos componentes presentes na comida do dia a dia, comprada no mais comum dos mercados, e entender o que está presente ali.
Assim sendo, o primeiro passo para chegar a uma conclusão sobre o que está posto na nossa mesa do almoço é entender o significado de tantos termos que, basta virar o produto
Glossário de termos comuns na indústria de alimentos
Pensando nessa dificuldade que o brasileiro médio tem em saber o que está consumindo na sua alimentação diária, especialmente nas grandes cidades, bolamos um pequeno glossário de termos tipicamente presentes na composição dos produtos.
A ideia é que quando você se deparar com “acidulante”, entenda o que ele é pra valer, ao invés de simplesmente saber que algo com esse nome está ali. Vamos lá.
- Acidulante: Um acidulante é um composto químico inserido num produto para ressaltar o sabor azedo, além de servir para controlar o crescimento de micróbios no alimento.
- Adoçante: Se aparecer como “adoçante”, significa que o que há no produto é uma forma de doce artificial, o que geralmente é usado em produtos zero calorias/zero açúcar, como refrigerantes dietéticos. Muito usado para escapar do consumo excessivo de açúcar refinado, que faz mal, mas muitas vezes o adoçante também pode ser um problema.
- Aromatizante: São os aditivos químicos usados para conferir ou então realçar o aroma (e até o sabor) de certos alimentos. Podem ser naturais ou artificiais.
- Conservante: Talvez o mais “temido” dos nomes dessa lista, o conservante é, como é fácil adivinhar, um adendo químico que faz com que o produto dure mais. É tido como o grande vilão da alimentação no geral, especialmente porque ele está presente em versões ultra processadas de alimentos comuns – pense num hambúrguer de fast food versus um caseiro, por exemplo.
- Corante: Outro vilão clássico, o corante é, obviamente, o elemento químico usado para dar cores e, por extensão, uma aparência mais vistosa e/ou atraente para o produto. É um dos tópicos polêmicos dentro do assunto química na indústria de alimentos, especialmente porque o brasileiro sabe que há pouco controle no uso desses corantes nos produtos presentes no país.
- Emulsificante: Similar ao conservante, mas que tem também como função servir para “fundir” melhor elementos que não costumam combinar, como água e óleo.
- Espessante: Composto químico usado para aumentar o grau de espessura e/ou firmeza de um alimento, mas sem alterar suas propriedades.
- Glúten: Outro nome que costuma gerar polêmica, o glúten é, na verdade, um estranho nessa lista, porque não é um composto químico artificial, e sim parte integrante de vários alimentos e coisas presentes na natureza mesmo, como trigo, centeio, malte e cevada. Não faz mal à saúde, exceto para quem tem uma intolerância específica a ele –especialmente os chamados celíacos.
- Glaceante: A definição oficial é “substância que, quando aplicada na superfície externa de um alimento, confere uma aparência brilhante ou um revestimento protetor”. Em outras palavras, é um composto químico usado para melhorar a aparência externa.
Conclusão e dicas
Esperamos que a lista tenha sido útil em relação ao que você encontra nas embalagens de produtos do dia a dia. Aliás, sobre isso, vale uma máxima comum dos nutricionistas: o ideal é sempre descascar mais do que desembalar.
Isso significa que, mesmo com toda a pressa da vida moderna, é importante tirar um tempo para adquirir alimentos os mais frescos possível, e prepará-los você mesmo, se der. Sabemos que a realidade é difícil para a maioria, mas o simples ainda é o ideal: produtos naturais e preparo caseiro.
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