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Venezuela dá ‘calote’ de US$ 260 milhões no Brasil

(ANSA) – O Brasil vai comunicar o Clube de Paris, um organismo internacional que se ocupa da reestruturação e debates sobre dívidas de países, sobre um “calote” da Venezuela de US$ 262 milhões, informam fontes do governo à mídia brasileira.

Em termos formais, o governo informará que o país de Nicolás Maduro não está honrando seus compromissos, o chamado “default”. O valor não quitado venceu em setembro e, em janeiro, vence uma segunda parcela de US$ 270 milhões.

Pelas regras do Clube de Paris, que reúne os países credores, uma dívida deve ser renegociada de maneira coordenada e não individualmente. O que as fontes do governo brasileiro apontam é que Caracas está fazendo uma espécie de “default estratégico“, já que vem atrasando pagamentos específicos.

Por exemplo, em abril deste ano, Maduro não quitou uma dívida com a Rússia – que foi paga em setembro, quando a do Brasil não foi quitada.

Os US$ 262 milhões são referentes a créditos relativos à exportações cobertos pela Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), que é uma empresa pública. Por isso, se o não pagamento se estender até os 120 dias de atraso, é a agência quem terá que pagar o financiamento realizado pelos bancos. Neste caso, o Banco da China, BNDES e Credit Suisse.

O valor, em si, não é considerado alto nas relações internacionais, mas já é um sinal de que os venezuelanos não estão mais conseguindo honrar seus compromissos.

No fim da noite de ontem (13), a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) declarou que a Venezuela está em “default seletivo” por não pagar uma dívida de US$ 200 milhões e rebaixou a nota do país mais uma vez.

“Nós abaixamos o rating para dois níveis, em ‘D’, e cortamos o rating a longo prazo para ‘SD’ (default seletivo)”, escreveu a agência. O rating significa que, apesar de não ter quitado os pagamentos de bônus de dívidas, há a intenção do governo de fazer o pagamento.

A decisão foi tomada após uma reunião entre o governo venezuelano e os credores privados da PDVSA, a companhia petrolífera do país, para o reembolso de US$ 60 bilhões. O encontro durou apenas 30 minutos e não chegou a nenhum acordo de fato.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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