Natal enfrenta uma epidemia de dengue, levando a Prefeitura a decretar emergência em saúde. Este aumento significativo nos casos da doença coloca a capital do Rio Grande do Norte em alerta. Desde o início de 2024, cerca de 692 casos de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti foram registrados, dos quais 655 são de dengue.
Os bairros mais afetados incluem Pajuçara, Lagoa Azul, Redinha, Nossa Senhora da Apresentação, Igapó, Felipe Camarão, Nazaré, Cidade da Esperança, Rocas, Tirol e Planalto.
“Esse decreto é necessário porque nós constatamos mais de 700 casos de dengue em Natal, com uma tendência de aumento por três semanas seguidas, o que configura uma epidemia. Vamos estabelecer as metas, as prioridades, as formas de enfrentamento a essa epidemia de dengue que é uma doença grave e precisamos tomar todas as medidas necessárias para nos proteger e para isso precisamos contar com todo o povo de Natal”, disse o prefeito Álvaro Dias.
A emergência em saúde pública, publicada no Diário Oficial do município, tem duração de 90 dias. Durante este período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) obterá mais autonomia para implementar ações e alocar recursos no combate à epidemia.
Um gabinete de crise foi formado para promover a atuação conjunta dos órgãos municipais. Entre as ações definidas, destaca-se a distribuição de kits com repelentes para gestantes e a preparação das unidades de saúde para oferecer reidratação oral. Unidades específicas serão referências para hidratação venosa – sendo elas Satélite, Brasília Teimosa, São João, Felipe Camarão III, Guarapes, Pajuçara e Planície das Mangueiras. Além disso, casos urgentes devem ser encaminhados para pronto-atendimento.
A SMS também reportou a identificação de 35 mil focos do mosquito em locais propícios à sua proliferação, como garrafas e recipientes plásticos. Cerca de 30 mil domicílios já receberam visitas de agentes sanitários, que orientam sobre medidas preventivas essenciais.
Ações integradas entre diferentes secretarias e órgãos municipais, como a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra), serão intensificadas. Estas incluem a fiscalização de imóveis e a limpeza de lagoas e bueiros, enquanto a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) focará na limpeza urbana e na eliminação de resíduos que possam acumular água.
No âmbito da vacinação, Natal recebeu mais de 18,8 mil doses da vacina contra a dengue do Ministério da Saúde. A campanha de imunização, voltada inicialmente para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, enfrenta o desafio da baixa procura, com apenas 4,8 mil doses aplicadas nos primeiros 15 dias. Planos futuros incluem a vacinação nas escolas da rede municipal, visando aumentar a cobertura vacinal.
Este cenário exige a colaboração de toda a comunidade para a eliminação de criadouros do mosquito e a adesão às campanhas de vacinação. A prefeitura de Natal apela à população para que adote medidas preventivas e participe ativamente dos esforços de controle, para combater a propagação da dengue na cidade.
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