O Rio Grande do Norte registrou em outubro a criação de mais de dois mil novos postos formais de trabalho e fechou o mês com 2.009 empregos gerados. Os dados fazem parte do Novo Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, criado como registro permanente de admissões e dispensa de empregados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), divulgados nesta terça-feira (29/11).
Todos os nove estados do Nordeste fecharam o mês de outubro com um saldo positivo na geração de empregos. No total, 32.223 novos postos foram criados no Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Maranhão.
Com as vagas criadas, o Rio Grande do Norte foi o sexto estado que mais gerou novos empregos em outubro no Nordeste, ficando atrás de Pernambuco (8.113), da Bahia (6.702), do Ceará (5.005), de Alagoas (4.335) e do Maranhão (2.965).
O setor do Comércio foi o que mais gerou empregos em outubro no estado, com 587 novos postos formais. Com as vagas abertas no décimo mês do ano, o estado tem atualmente um estoque formal com 462 mil postos.
Tendência positiva
Segundo o Novo Caged, o Brasil manteve em outubro a tendência positiva na geração de empregos e fechou o mês com um saldo de 159.454 novos postos formais de trabalho em todo o país.
Os dados do Ministério do Trabalho e Previdência mostram ainda que o país acumula, entre janeiro e outubro de 2022, um saldo de mais 2,32 milhões (2.320.252) de novos empregos e se aproxima da marca de 43 milhões de postos formais registrados no Caged (42.998.607), quebrando, assim, mais um recorde histórico.
Entre janeiro de 2019 e outubro de 2022, foi registrado saldo de mais de 5,54 milhões de novos postos de trabalho (5.548.395). Mesmo com as demissões ocorridas no período mais crítico da pandemia da Covid 19, o número de empregos gerados entre julho de 2020 e outubro de 2022 – período de retomada do emprego formal – é maior do que o período entre 2019 e 2022 e supera 6,3 milhões de novas vagas (6.303.762).
Outros estados
O Caged serve como base para a elaboração de estudos, pesquisas, projetos e programas ligados ao mercado de trabalho e, desta forma, subsidia a tomada de decisões para ações governamentais. Segundo o cadastro, das 27 Unidades da Federação, 26 registraram saldo positivo na geração de empregos em outubro.
São Paulo liderou a lista dos estados que mais geraram empregos, com a criação de 60.404 novos postos de trabalho. Com isso, a Região Sudeste foi o grande destaque nacional, ao registrar um crescimento de 80.740 novos empregos.
Na sequência, o Rio Grande do Sul, com 13.853 novos postos e o Paraná, com 10.525, completam a lista dos três estados que mais geraram empregos. Na outra ponta, as Unidades Federativas com menor saldo foram Rondônia (617) e Roraima (525). O Amapá, com -499 postos, foi o único estado a fechar o mês com saldo negativo.
Setores
Em outubro, quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo. O maior crescimento do emprego formal foi registrado no setor de serviços, com saldo de 91.294 novos postos de trabalho formais.
Nesta área, o segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o que apresentou maior saldo, com 49.260 novos postos. O destaque ficou a locação de mão-de-obra temporária (11.063); serviços combinados de escritório e apoio administrativo (3.654); limpeza em prédios e em domicílios (3.245) e serviços de engenharia (3.022).
O segundo maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor do comércio, com saldo positivo de 49.356 postos. Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados, com 6 mil vagas, foi o grande destaque, seguido do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 5.781 novos postos.
A indústria apresentou o terceiro maior saldo positivo, com 14.891 empregos, com destaque para o abate de aves (1.454), a coleta de resíduos não-perigosos (1.219) e a fabricação de produtos derivados do cacau e de chocolates (1.041).
Responsável pelo quarto maior saldo positivo, o setor da construção ofertou 5.348 novos postos, puxado pela demanda de serviços para instalação e manutenção elétrica (1.690).
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