“Um belo dia resolvi mudar”. Tão revolucionária quanto o sentimento registrado na música de Rita Lee foi a transformação de Marielena Lopes. Ela trabalhava como cabeleireira e há um ano mudou para área de Segurança Privada. Atualmente, com seus 24 anos, ela atua como vigilante em um órgão público e almeja ir além. “Quero também fazer Direito e me profissionalizar cada vez mais na área”, afirma a profissional que atualmente faz o curso de Gestão de Segurança Privada na Estácio Zona Norte.
Marielena confessa que poucas mulheres querem entrar na área por causa da periculosidade que a função apresenta e também por dificuldades com os colegas de profissão – o descrédito profissional dos homens e aproximações com ‘segundas intenções’. “É complicado, mas é preciso se manter firme e mostrar um bom trabalho”, frisa.
“Eu percebi uma grande falta de mulheres nesta área, em detrimento de uma constante abertura e precisão do mercado”, relata. Ela cita, por exemplo, a necessidade de vigilantes femininas em eventos e locais como boates, mercados e shopping, pois somente elas podem realizar revistas em mulheres – para que não se sintam violadas.
Na faculdade, suas pretensões são de ter ‘novos horizontes’. “Além de agregar valor à profissão, poucos profissionais ainda possuem nível superior. Com o curso superior, eu posso ser empresária ou até prestar concurso público”, destaca.
Clenilson Bandeira, professor de Gestão de Segurança Privada da Estácio, percebe a maior presença das mulheres na sala de aula. Segundo o educador, há um crescimento de 200% a 300% em termos de aumento, visto que nos cursos havia uma mulher por turma, e hoje se encontram de 5 a 6 mulheres. “O grande diferencial da mulher é a capacidade de observação. Elas são, naturalmente, mais atentas aos detalhes e são menos dispersas que os homens – o que é um destaque na função do videomonitoramento, por exemplo”.
Para Agrício Gomes, do Sindicato Intermunicipal de Vigilantes (Sindsegur), nos últimos cinco anos houve um aumento “considerável” de mulheres nos postos de trabalho. Ele conta que a maior parte trabalha na rede bancária. “Hoje cerca de 5% de vigilantes são mulheres. O número parece pequeno, mas é grande quando pensamos que a quantidade era zero. Embora ainda representem uma minoria na área, elas estão avançando rápido”, afirma.
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Não é bem assim que acontece não na realidade 90% das mulheres na segurança privada quando conseguem a vaga são colocadas no melhor posto chegam a hora que querem e saem a hora que querem e fazem o que querem e sempre com a proteção de algum supervisor ou coordenador não vou me aprofundar no assunto nem entrar em detalhes