Rio Grande do Norte

Unidade móvel de combate à hanseníase estará circulando pelo RN

O Instituto de Medicina Tropical da UFRN coordena entre os dias 29 de novembro e 11 de dezembro ações de atendimento à Hanseníase nas três maiores cidades do Rio Grande do Norte. O caminhão itinerante que atua como um centro de saúde móvel, estará em Natal (29/11 a 05/12), Mossoró (07 e 8/12) e Parnamirim (11/12), em um esforço conjunto com o Ministério da Saúde, as Secretarias Estaduais e municipais de Saúde e a empresa Novartis, parceira na iniciativa.

O atendimento será a pessoas que apresentem sintomas e àqueles cujos familiares já tiveram hanseníase. Portanto, não será uma avaliação dermatológica geral, mas direcionada. “Uma vez feita a suspeita da doença, o paciente será encaminhado para o teste confirmatório dentro da Carreta. Uma vez confirmado, será iniciado o tratamento e o encaminhamento do paciente ao Serviço de Saúde para o seguimento do tratamento. As pessoas que tem os sinais e sintomas da Hanseníase podem nos procurar, independente de terem passado por algum posto de saúde ou não”, explicou Débora Gurgel Costa, que integra o Programa de Tuberculose e Hanseníase do Departamento de Atenção Básica da Secretaria Saúde de Natal.

Os principais sintomas são dormências, dor nos nervos dos braços, mãos, pernas e pés; lesões de pele (caroços e placas pelo corpo) com alteração da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque e áreas da pele com alteração da sensibilidade mesmo sem lesão aparente; e diminuição da força muscular. Essas manchas são esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas.

Segundo país do mundo com o maior número de casos de hanseníase, o Brasil registra 30 mil novos casos da enfermidade já controlada em grande parte do mundo. Perde apenas para a Índia, com 126 mil registros por ano. Doença infecciosa, contagiosa e associada a desigualdades sociais, ela afeta principalmente as regiões mais carentes do mundo e é transmitida pelas vias aéreas, como secreções nasais, gotículas da fala, tosse, espirro, por pacientes considerados bacilíferos, ou seja, sem tratamento — aqueles que estão sendo tratados deixam de transmitir.

“A ação da carreta reforça a importância do diagnóstico precoce da doença como forma de prevenir as incapacidades físicas decorrentes do diagnóstico tardio, e lembra que a hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS”, colocou Maurício Nobre, médico da SESAP e colaborador no IMT, cuja tese de doutorado abordou a hanseníase e foi premiada nacionalmente pelo Instituto Osvaldo Cruz.
O Instituto de Medicina Tropical da UFRN, inclusive, é uma unidade destinada ao estudo e pesquisa de doenças infecciosas e infectocontagiosas presentes no Nordeste, e à formulação e produção de vacinas para certas doenças, entre elas a Leishmaniose e a Hanseníase.

Segundo a diretora do Instituto, Selma Maria Bezerra Jerônimo, a criação da unidade, em 2014, surgiu justamente a partir da constatação de que doenças como leishmanioses, esquistossomose e hanseníase, entre outras tipicamente tropicais, representam problemas importantes para o estado e que a “dramaticidade de quadros de reação hansênica ou grave de leishmaniose visceral são situações que precisamos combater e minimizar”.

Carreta da Saúde

Ao longo de sua história, iniciada em 2009, o projeto Carreta da Saúde Final na Hanseníase beneficiou mais de 20 mil pessoas em 18 estados do país e diagnosticou mais de 2 mil novos casos de hanseníase. Além disso, estima-se que a Carreta de Saúde seja hoje responsável por 25% de todos os diagnósticos de hanseníase registrados no Brasil, fornecendo assim uma cooperação única com os órgãos nacionais de saúde pública na eliminação desta doença.

Locais de atendimento

29 e 30 de novembro – Natal – Zona Norte – Largo do Ginásio Nélio Dias, bairro Lagoa Azul
04 e 05 de dezembro – Natal – Zona Oeste – Em frente à policlínica de Cidade da Esperança
07 e 08 de dezembro – Mossoró – Estação das Artes, Centro de Mossoró
11/12 – Parnamirim – Em frente a Unidade Básica de Saúde do bairro de Monte Castelo

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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