Uma verdadeira batalha campal pôde ser vista na manhã desta quinta-feira (19) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande do Norte. Presos se confrontaram com pedras, pedaços de pau e objetos que eram encontrados pelo meio do caminho.
Os detentos de duas facções rivais subiram nos telhados dos pavilhões e começaram a jogar pedras e barras de ferro de um lado para o outro. Segundo informações há feridos no local. Há informações que os presos invadiram o estabelecimento médico do presídio para prestar atendimento aos colegas. Policiais tentam conter o motim com disparos, mas os presos parecem não temer.
O clima na Penitenciária Estadual de Alcaçuz está tenso desde a madrugada de sábado para domingo, quando detentos de facções criminosas rivais – em especial do Primeiro Comando da Capital (PCC) e da família do Sindicato do Crime – entraram em confronto, resultando no assassinato de 26 pessoas. O motim ocorreu no pavilhão 4 da penitenciária, quando detentos do pavilhão 5, que são mantidos separados, escaparam e deram início ao confronto. O motim foi contido pelas forças policiais no começo da manhã de domingo.
Ataques
Durante a tarde desta quarta-feira (18) a cidade de Natal foi palco de ataques. Um terminal de ônibus da empresa Guanabara, na zona Norte de Natal, foi alvo de criminosos. Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra pelo menos dois veículos atingidos pelas chamas.
Mais cedo, um ônibus da empresa Santa Maria, que faz a linha 38, foi incendiado na Praia do Meio, zona Leste da capital. Bandidos ainda incendiaram um veículo do Governo do Estado no bairro de Mãe Luíza, também na zona Leste. Criminosos trocaram tiros com policiais na tarde desta quarta-feira (18), na Avenida João 23, no bairro de Mãe Luíza, em Natal, e incendiaram um carro do governo do estado.
Com a onda de ataques, as empresas de ônibus de Natal recolheram todos os ônibus que estavam nas ruas. A informação foi confirmada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn). Os ataques foram confirmados pela Secretaria de Segurança do RN (Sesed). No entanto, o órgão não afirmou se os crimes estão relacionados a crise no sistema penitenciário.
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