Um estudo contratado pelo Seturn (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Natal) e apresentado em audiência de conciliação nessa sexta-feira (17), apontou que a passagem de ônibus na capital do Rio Grande do Norte deveria ser R$ 8,25, caso 100% da frota fosse retomada, conforme determinou a justiça. Atualmente, a tarifa custa R$ 3,90 no pagamento em cartão e R$ 4 em espécie.
De acordo com o coordenador jurídico do Seturn, Augusto Maranhão Jr., esse aumento da tarifa é inviável. Para ele, a população não pode ser penalizada. “A gente precisa tornar as questões claras. Não se pode penalizar a população. É uma tarifa fora da realidade, mas é o custo. O salário do motorista é caro, o pneu é caro, o diesel está absurdo“, explicou em entrevista a TV Tropical.
O estudo, de acordo com o advogado, apontou uma inviabilidade econômica para a retomada de toda a frota anterior à pandemia. “Existem três questões. O ponto jurídico, o ponto político e o último é o econômica, que mostra que Natal transportava 350 mil passageiros por dia útil antes da pandemia e atualmente o número é de 200 mil“, revelou.
Para o membro do Seturn, o aumento da frota deve ser aliado à demanda de passageiros em determinada linha. A redução mostra “que não haveria sentido em manter a mesma oferta de cobertura“, explica.
“Inclusive, já havia uma mudança em curso, que foi adiantada pela pandemia. A tendência a uso de transporte não motorizado, por exemplo. Desde 2012, já havia essa tendência de queda de passageiros. Esse número de 350 mil, outrora já foi 400 mil. A pandemia mudou muito isso“, pontuou.
Na audiência dessa sexta-feira, Augusto Maranhão afirmou que o Seturn levantou a bandeira de que o edital de licitação seja brevemente publicado. “Fizemos a proposta para lançar edital de licitação. Não temos contrato. O último venceu em 2010. É uma coisa que não existe“, criticou.
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