O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ofereceu denúncia contra um policial militar da ativa, dois ex-policiais militares e um quarto indivíduo por três homicídios consumados e três tentados, cometidos em Natal. Yago Lucena Ferreira, Rommenigge Camilo dos Santos e Felipe Antoniere Araújo foram mortos a tiros no dia 29 de abril deste ano, dentro de um bar no bairro da Redinha, na zona Norte da capital potiguar.
“Além de matarem os três homens, o grupo de extermínio ainda tentou assassinar mais três outros homens que estavam no local“, afirmou o Ministério Público.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, o ajudante de cozinha Yago Lucena Ferreira e o ajudante de pedreiro Felipe Antoniere Araújo foram mortos por motivo torpe por “queima de arquivo”, simplesmente porque testemunharam a morte de Rommenigge Camilo dos Santos, alvo principal da ação.
Os crimes foram cometidos por volta das 14h do dia 29 de abril passado, na rua Rio Salgado. Além dos quatro denunciados, constatou-se a participação de um quinto criminoso, que ainda não foi identificado.
Toda a ação criminosa do grupo durou apenas cerca de 27 segundos, segundo registrado pelas câmeras de segurança do bar onde os assassinatos foram cometidos. Os assassinos ainda trocaram de roupas e de carros logo após as mortes com o objetivo de dificultar as investigações.
O policial militar da ativa e um ex-PM foram presos pela Polícia Civil, na operação Aqueronte. O outro ex-policial militar é foragido da Justiça.
O ex-policial preso é Wendell Lagartixa, que é candidato a deputado estadual pelo PL, no Rio Grande do Norte. Ele e outro suspeito foram presos no dia 20 de julho.
Wendell teve a candidatura confirmada pelo partido do presidente Jair Bolsonaro mesmo após a prisão. O Ministério Público Eleitoral pediu impugnação, mas a Justiça Eleitoral deferiu a candidatura.
A defesa de Wendell alega inocência do ex-policial militar.
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