O mundo está presenciando uma crescente tensão entre os Estados Unidos e a China, causada por incidentes envolvendo objetos voadores não identificados (Ovnis). No último fim de semana, pelo menos quatro Ovnis invadiram os espaços aéreos dos EUA, Canadá e China. Três desses objetos foram derrubados pelas autoridades locais.
A situação se agravou após Washington acusar Pequim de enviar um “balão-espião” para sobrevoar áreas sensíveis da segurança e sítios militares norte-americanos. Os destroços dos Ovnis que caíram na costa oeste do Canadá e no Lago Huron serão recuperados e analisados pelo governo de Biden, em parceria com o Canadá.
De acordo com o Departamento de Defesa dos EUA, a operação foi realizada sob a direção do presidente Joe Biden e “com base nas recomendações do secretário [de Defesa, Lloyd] Austin e do liderado militar”. Um caça F-16 disparou um projétil AIM-9 para derrubar o objeto, que estava a cerca de 6 km de altitude.
Segundo o Pentágono, “sua rota e altitude suscitaram preocupações de que pudesse ser uma ameaça à aviação civil”, mas o local escolhido para o derrubo permitiu “evitar impactos nas pessoas na superfície e aumentar as chances de recuperar os restos”. O Departamento de Defesa afirmou que, em sua estimativa, não havia uma “ameaça militar cinética”, mas havia “um perigo para a segurança dos voos e uma ameaça devido a suas potenciais capacidades de vigilância”.
Origem dos “Ovnis”
Quando questionado sobre a possibilidade de origem extraterrestre dos objetos derrubados recentemente, o chefe do Comando Norte dos EUA, General Glen VanHerck, declarou que “vai deixar que a comunidade de inteligência e a comunidade de contra-inteligência descubram”. “Não descartei nada“, acrescentou.
Já o objeto que caiu no Alasca terá um resgate mais difícil. A China informou ter avistado um Ovni na costa leste do país no último sábado.
Ambos os governos negam que são os produtores dos equipamentos, ou que sejam “obras extraterrestres”, no entanto, acreditam que se trata de uma nova fase de espionagem entre as nações. O Pentágono informou que houve comunicações oficiais sobre o assunto, sem dar mais detalhes.
A situação ainda gera muitas dúvidas sobre o que são esses objetos e quais os seus reais motivos. O comandante do Comando de Defesa Aérea do Norte dos EUA, General Glen VanHerck, afirmou em coletiva: “Não vou categorizar isso como balões. Nós os chamamos de objetos por um motivo. Não posso também categorizar como eles ficam no ar, pode ter um grande balão de ar dentro da estrutura ou existir um sistema de propulsão. Mas, claramente, eles são capazes de ficar estáveis no ar”.
Espaço aéreo dos EUA é fechado por motivos de “defesa nacional”
Neste domingo, os EUA fecharam parte de seu espaço aéreo sobre o Lago Michigan, indicando ser “espaço aéreo de defesa nacional”. A Administração Federal de Aviação (FFA) confirmou as restrições temporárias e afirmou que os pilotos que não respeitarem a proibição poderão ser interceptados e detidos. A FAA não revelou a causa das restrições.
Poucas horas depois, a FAA encerrou a proibição de tráfego na área e o NORAD (Comando de Defesa Aeroespacial dos EUA) informou que a restrição havia sido levantada devido a uma investigação de segurança que já havia sido concluída. O comunicado oficial não forneceu mais detalhes sobre a investigação.
A restrição do espaço aéreo é rara e normalmente ocorre apenas em casos de emergência ou situações de segurança críticas. O fechamento repentino gerou especulações entre os observadores e a mídia, mas até o momento, a FAA e o NORAD não deram mais informações sobre o assunto.
Ainda não se sabe se o fechamento do espaço aéreo terá impacto significativo nos voos de passageiros na região, mas é certo que os órgãos de segurança estão trabalhando para garantir a segurança do espaço aéreo dos EUA. Acompanharemos a evolução da situação e forneceremos atualizações conforme novas informações forem disponibilizadas.
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