Os empresários das fontes de água mineral anunciam para a próxima segunda-feira (28) um aumento em torno de 20% no produto que sai da indústria. Com isso, o valor do garrafão da água mineral ficará entre R$8 e R$12 para o consumidor final. O aumento percentualmente deve variar entre 15 a 25%.
De acordo com Roberto Serquiz, presidente do Sindicato das Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn), o setor já vinha absorvendo uma série de aumentos, mas a situação econômica de inflação em que vive o Brasil impactou diretamente o custo de produção.
“Todo esse cenário de inflação impacta no custo da produção da água mineral. Tivemos aumentos sucessivos nos insumos, energia, combustível. E, para agravar, o alto índice recentemente aplicado na gasolina e diesel tornou insustentável a manutenção do valor que vínhamos praticando”, relata Serquiz.
O preço médio dos combustíveis no Brasil ficou ainda mais caro nesta segunda semana de março, segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). O aumento é o segundo de 2022, depois da alta promovida em 12 de janeiro, e é o maior desde janeiro de 2021, segundo levantamento de petroleiros. Na ocasião, os combustíveis foram reajustados pelos percentuais de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel. Desde então, a Petrobras já aumentou 13 vezes o preço da gasolina e 11 vezes o do diesel.
Já o custo da energia elétrica no Brasil, acumulou uma alta de 24,97% em 2021, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram coletados entre 15 de setembro e 13 de outubro do ano passado.
“Diante de toda esta situação, nos vimos agora obrigados a praticar reajuste no nosso produto, que tem sofrido diretamente com essa bolha inflacionária, impactando em toda a nossa cadeia produtiva, desde o envase até a distribuição”, pontua Serquiz.
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