(ANSA) – Os EUA contabilizaram seu primeiro caso de reinfecção pelo novo coronavírus Sars-CoV-2, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (13) pela revista científica britânica “The Lancet”.
A descoberta dos pesquisadores já havia sido revelada no fim de agosto, mas as evidências de reinfecção ainda não tinham sido analisadas por outros cientistas da área.
O caso trata-se de um homem de 25 anos que foi contaminado em dois momentos, em um intervalo de 48 dias. Na segunda infecção, porém, ele apresentou sintomas mais graves e precisou ser hospitalizado com suporte de oxigênio.
Enquanto isso, na Europa, uma holandesa de 89 anos morreu em decorrência dos efeitos da segunda vez que testou positivo para a Covid-19, que foi agravada por uma forma rara de câncer de medula óssea.
Com isso, a vítima na Holanda torna-se o primeiro óbito conhecido por uma reinfecção pelo novo coronavírus em todo o mundo.
De acordo com a virologista Marion Koopmans, na primeira vez que foi contaminada, a paciente apresentou febre alta e tosse forte, precisando ser internada. Ela, porém, teve alta médica depois de cinco dias e teste negativo.
Na ocasião, a holandesa, cuja identidade não foi revelada, sofria de uma doença chamada macroglobulinemia de Waldenström, câncer de medula óssea, o que atingiu seu sistema imunológico.
Dois meses depois, no entanto, enquanto fazia novas sessões de quimioterapia, ela voltou a apresentar sintomas de Covid e testou positivo novamente. Após oito dias internada, a paciente teve uma piora em seu quadro clínico e faleceu duas semanas depois.
Ao todo, de acordo com a virologista, existem 25 casos conhecidos de reinfecção com coronavírus no mundo. Outras situações parecidas foram registradas também na Bélgica, Hong Kong e Equador.
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