A Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap-RN) confirmou nesta quarta-feira (26) que está investigando três possíveis casos de coronavírus no estado. De acordo com a Sesap, exames foram realizados nas pacientes para confirmar as suspeitas. Agora elas estão em quarentena domiciliar.
A Sesap ainda informou que a investigação é para confirmar se os casos atendem, ou não, aos critérios para serem considerados suspeitos. As pacientes são uma menina de 10 anos, que estava em um cruzeiro que ia pra Xangai e foi desviado pra Hong Kong, e duas mulheres, uma de 28 e outra de 45 anos, que viajaram para o norte da Itália. Não há grau de parentesco entre as três.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria, após os resultados desses procedimentos médicos a secretaria convocará uma entrevista coletiva para divulgar mais informações.
Hospitais do RN que estão aptos a atender casos suspeitos de coronavírus
O Ministério da Saúde (MS) divulgou uma relação de hospitais de referência para o atendimento de casos suspeitos de coronavírus em todo o Brasil. No Rio Grande do Norte, foram destacados o Hospital Giselda Trigueiro (Natal) e o Hospital Rafael Fernandes (Mossoró).
De acordo com o Ministério da Saúde, os dois hospitais foram “escolhidos como medida preventiva por terem ampla capacidade de atendimento e profissionais especializados para situações de risco à saúde pública”.
Sesap-RN divulga medidas de precaução e orientações sobre o Coronavírus
Considerando o cenário de perigo iminente diante da atual situação epidemiológica do novo coronavírus na China e a confirmação da disseminação da doença em outros países, a Sesap-RN, por meio da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), lançou uma nota técnica para fortalecer as recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde.
O objetivo é alertar os profissionais de saúde quanto a possíveis casos sintomatológicos de doença respiratória em pessoas que tenham histórico de viagem para as áreas de transmissão nos últimos 14 dias e que atendam à definição de caso suspeito do novo coronavírus.
Como ocorre a transmissão coronavírus?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como: gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo – como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Sintomas do coronavírus
Os principais sintomas clínicos referidos são principalmente respiratórios: tosse, febre e dispneia (dificuldades ao respirar). Não existe tratamento especifico para infecções causadas por coronavírus humano. Dependendo do caso algumas medidas podem ser adotadas para alívio dos sintomas, como uso de medicamento para dor e febre. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar ou descartar o diagnóstico e iniciar o tratamento.
A Sesap orienta aos profissionais de saúde que todo caso suspeito deverá ficar mantido em isolamento respiratório e deve ser notificado de forma imediata pelo profissional de saúde responsável pelo atendimento, ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS/RN).
As precauções recomendadas para o público em geral são:
- Lavagem de mãos frequente com água e sabão, com duração mínima de 20 segundos, ou usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca, com as mãos não lavadas;
- Evitar contato próximo com pessoas doentes;
- Ficar em casa quando estiver doente;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com lenço de papel descartável, jogando-o no lixo após uso;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Limpar e desinfetar objetos e superfície tocados com frequência;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos ou garrafas);
- Evitar aglomeração de pessoas;
- Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações;
- Evitar viagens à China e países com transmissão local do vírus, neste momento, e se possível evitar locais com casos suspeitos da doença.
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