A chikungunya é uma das doenças mais debilitantes entre as transmitidas pelo Aedes aegypti. Quando apareceu no Rio Grande do Norte, causou confusão na população por ainda ser desconhecida.
O temor da população é justificado porque, em 2019, 13.596 casos suspeitos da doença foram registrados. São 387 registros para cada 100 mil habitantes do estado. No mesmo período, a suspeita de dengue atingiu 31.724 pacientes suspeitos, ou 904 por 100 mil habitantes.
A situação, no entanto, pode ser mais grave, em 2020, com a chegada do período chuvoso.
A Técnica da Vigilância Epidemiológica de Arboviroses da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, Iraci Duarte, lembra que a população precisa ficar atenta aos possíveis focos de proliferação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Porque, segundo ela, além dos males causados pela dengue e a zika, a chikungunya, por exemplo, é de difícil diagnóstico, e pode passar despercebida pela equipe médica.
“E isso a gente observa até, também, na questão dos óbitos. Nós temos muitos óbitos que passam despercebidos. Que são ocasionados por arboviroses e passam despercebidos na rede de saúde, porque os pacientes que são atendidos não são olhados com olhares epidemiológicos. Mas como não se tem conhecimento, o olhar muito apurado, a causa de óbito vai para outras coisas”.
A funcionária pública, Severina Pereira, 64 anos, teve chikungunya. Ela conta que não conseguia, enquanto doente, nem ir ao banheiro sem a ajuda. Severina teve, o que pode se chamar de forma mais branda da doença, mas, mesmo assim, tem de lidar, até hoje, com complicações nos rins e edema dolorido, em consequência da chikungunya.
“Você não vai ter vontade de se alimentar, mas você deve estabelecer uma rotina. Comer pequenas porções pelo menos de hora em hora. Tomar bastante líquido. Mesmo que você queira ficar deitado, sem vontade para fazer nada, o melhor que você faz é tomar um banho com a água morna, porque certamente está tendo febre interna. E essa febre é o que faz a pessoa ir definhando”.
Em 2020, a população do Rio Grande do Norte precisa entrar no combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika. Essas doenças podem matar.
A recomendação é eliminar água armazenada nas residências e limpar possíveis criadouros, como vasos de plantas, galões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção. Recipientes pequenos, como tampas de garrafas, são suficientes para o mosquito se proliferar.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família.
Com informações da Agência do Rádio
Quer receber as principais notícias do Portal N10 no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no nosso canal oficial.