O Rio Grande do Norte registou aumento de 231% nos casos de dengue entre 2017 e 2018. Os dados foram divulgados em balanço epidemiólogico do Ministério da Saúde. Até 27 de outubro, o RN passou de 6.604 casos para 21.898 neste ano.
Além do RN, outros 11 estados registraram elevação no número de casos da doença. Contudo, com 624,4 casos por 100 mil habitantes, o Rio Grande do Norte só fica atrás de Goiás, que teve 1.025 casos por 100 mil habitantes. Segundo o Ministério, duas mortes foram confirmadas em 2018 por causa da doença.
O território potiguar também registrou aumento nos casos de chikungunya. Em 2017, foram anotadas 1.867 ocorrências. Neste ano, o número saltou para 2.220, o que representa 63,3 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, nenhuma morte foi registrada.
Os casos de Zika também apresentaram aumento, de acordo com o Ministério da Saúde. No ano passado, foram 432 casos prováveis da doença enquanto este ano o total saltou para 522. Assim, 14,9 pessoas a cada 100 mil sofreram com a Zika.
Jucurutu
O município de Jucurutu, no Seridó Potiguar, aparece como a quinta cidade – entre as com menos de 100 mil habitantes – com mais casos de Zika. Segundo o Ministério, o local teve incidência de 194,3 por 100 mil habitantes, com 36 casos prováveis da doença.
Campanha
O Ministério da Saúde lançou uma campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti. O objetivo é mobilizar toda a população sobre a importância de intensificar, neste período que antecede o verão, as ações de prevenção contra o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya.
Com o slogan “O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples podemos combater o mosquito”, a campanha ressalta que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a vigilância deve ser constante.
Os meses de novembro a maio são considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, porque o calor e as chuvas são condições ideais para a proliferação do mosquito.
“É o momento em que todos – União, estado e municípios, e a população em geral – devem ter maior atenção e intensificar os esforços para não deixar a larva do mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências, apoiando o trabalho dos agentes de endemias”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.
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