(ANSA) – Congressistas norte-americanos enviaram uma carta ao embaixador brasileiro em Washington, Sergio Silva do Amaral, pedindo que os direitos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam preservados durante o julgamento que ocorre hoje (24), em Porto Alegre, em 2ª instância, sobre o caso do triplex no Guarujá.
Ao todo, 12 congressistas do Partido Democrata, incluindo Keith Ellison, Mark Poca, Ro Khanna, Steve Cohen, Raúl Grijalva, Frank Pallone Jr., Barbara Lee, Henry Johnson, entre outros, assinaram a carta, entregue no dia 19 de janeiro ao embaixador. Uma cópia também foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF). Mas nomes fortes do partido, como Maxine Water e Tulsi Gabbard, não firmaram o documento.
“Nós estamos profundamente preocupados com a evidência crescente de violações flagrantes dos direitos do processo de Lula e o que parece ser uma campanha de perseguição judicial motivada politicamente”, diz a carta, pedindo a garantia de um “tratamento justo, livre e imparcial” ao petista. Os congressistas acusam o juiz Sergio Moro, que condenou Lula em 1ª instância a nove anos e meio de prisão no caso do triplex, de cometer “ações antiéticas e, às vezes, ilegais”.
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“Demonstraram, claramente, que ele não era capaz de desempenhar os deveres de um juiz imparcial no caso”. A carta foi publicada no site da revista “Forbes”, que chamou de “hipocrisia” o discurso dos congressistas. “A hipocrisia dos políticos americanos não tem limites”. Em 2017, os congressistas também enviaram uma carta ao embaixador criticando os métodos de Moro e defendendo Lula.
A posição dos democratas, porém, difere da adotada pelo Departamento de Estado norte-americano, assim como pelo presidente Donald Trump, os quais consideram o julgamento de Lula um caso interno do Brasil.
A embaixada brasileira em Washington confirmou o recebimento da carta.
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