Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população idosa da Bahia aumentou em 40%, entre os anos de 2001 e 2015. Nesse tempo, a quantidade de idosos, a partir de 60 anos, quase duplicou. De 1.218 milhão passou para 2.032 milhões, o que afeta diretamente nas regras para a aposentadoria.
Essa explicação, feita pelo pesquisador do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fernando de Holanda Barbosa Filho, é observada em relação à diminuição na taxa de natalidade. Se daqui a alguns anos, houver mais idosos aposentados do que pessoas mais novas no mercado de trabalho, o pagamento da aposentadoria para os mais velhos poderá ficar quase que impossível.
“A proporção entre os benefícios de aposentadoria e o percentual da população idosa torna o sistema insustentável. Então, a introdução de uma idade mínima é fundamental”, afirmou Barbosa Filho.
De acordo com a nova medida aplicada pelo governo federal, as mulheres terão seu beneficio de aposentadoria concedida a partir dos 62 anos e homens com 65. Agricultores rurais estão fora da proposta, que permanece as idades mínimas para as aposentadorias rurais de 55 anos para mulheres e 60 para os homens.
Além disso, outro fator que preocupa a questão da aposentadoria é o déficit na Previdência da Bahia. Segundo o coordenador de Previdência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Rogério Nagamine, em 2015 o prejuízo era de 6,5% e 13% da Receita Corrente Líquida, que é a acúmulo das despesas tributárias de um governo.
Para ele, áreas relevantes poderão deixar de receber investimentos do governo, caso esses números continuem. “Os problemas relacionados às despesas e oferecem risco de atraso de pagamento, como também acaba diminuindo o passo para outros gastos sociais, como na em infraestrutura”, alerta.
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