Concurso Público

Em audiência pública, proposta apresentada altera quantidade de vagas para o concurso da Saúde de Natal

Nesta sexta-feira (1º), o Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Natal promoveu uma audiência ampliada, para debater o concurso público da saúde. A reunião contou com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Procuradoria e do Ministério Público Estadual e do Trabalho, além de integrantes do Conselho e de representantes dos sindicatos da área de Saúde.

O secretário-adjunto da SMS, Marcelo Bessa, fez uma apresentação sobre o concurso, desde o Termo de Ajuste de Conduta assinado em 2015 até o último acordo com o Ministério Público e a Justiça, que permitiu a renovação dos contratos temporários e um novo prazo ao concurso. Ele apresentou o calendário acordado, que prevê que um Projeto de Lei seja enviado para a Câmara Municipal até o dia 30 de setembro, com a quantidade de cargos. Atualmente o processo está na Procuradoria Geral do Município.

A proposta apresentada para o concurso da Saúde amplia e altera a quantidade de vagas que havia sido aprovado pelos vereadores em 2015, ao concurso que foi anulado. O concurso passaria a ter 1.647 vagas, sendo 886 de nível superior e 761 do nível médio. As vagas se distribuem no Plano da Saúde (Lei 120) e no Plano Geral (Lei 118). Além da ampliação, o Plano de Cargos dos Médicos está previsto, apesar de o TAG municipal vetar reajustes.

Para garantir esse aumento de vagas de nível superior e a tabela dos médicos, a SMS e o Ministério Público ampliaram a terceirização nas “atividades meio”. Cargos hoje ocupados por temporários não serão substituídos por concursados, como é o caso dos agentes administrativos, que tinham 50 vagas previstas no primeiro concurso, e técnicos de informática. Outras funções, como maqueiros, ASGs e motoristas continuarão sendo ocupadas por empresas terceirizadas. Ao todo, 121 vagas foram cortadas do plano original, sendo 42 de médicos.

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Reajuste dos médicos

De acordo com o Sindicato dos Servidores em Saúde do RN (SindsaúdeRN), Marcelo Bessa relacionou o reajuste dos médicos aos gastos com cooperativas médicas, que hoje ocupam 20 mil horas/mês, ou o equivalente a 142 plantões na saúde municipal, com o médico recebendo em média R$ 1.710,00 por plantão na cooperativa. Apesar de apostar na correção da tabela dos médicos para competir com as cooperativas, o secretário defendeu que as cooperativas médicas cumpram um “papel complementar”, sem a Prefeitura ficar refém de seus serviços e preços.

A diretora do Sindsaúde-RN, Célia Dantas, criticou a lentidão na realização do concurso e lembrou que em fevereiro de 2018 vai completar dez anos desde o último concurso. Além disso, ela questionou a inclusão de cargos da saúde (Assistente Social, Psicólogo, Nutricionista, Terapeuta Ocupacional, Sanitarista) na Lei 118, do Plano Geral. A SMS argumenta que a inclusão foi feita para adequar à lei federal de algumas destas profissões, que estabelece 30 horas. O Plano da Saúde (Lei 120) prevê 20 e 40 horas. Várias falas argumentaram que a inclusão no Plano Geral estabelece condições e regras diferentes (Progressão, salário, etc) para um mesmo profissional e que o melhor seria que todos os profissionais da saúde estivessem no Plano da Saúde. A medida também foi vista como uma forma de economizar, já que o salário destes profissionais na Lei 120 seria maior, com 40 horas.

Concurso da saúde anulado em 2016

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) havia instaurado um procedimento para apurar denúncias a respeito do concurso realizado para cargos na área da saúde pública de Natal.

De acordo com o Sindicato dos Servidores da Saúde do RN (SindsaúdeRN), haviam apenas 25 cadernos de provas para 120 candidatos para os cargos de Fisioterapia e Médico Mastologista e estas foram entregues sem lacre. Fotos do caderno de provas do cargo de enfermeiro circularam pelas redes sociais, o que seria impossível, já que o edital impedia que o candidato saísse com o caderno de provas do local, mesmo ao final da prova.

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Ainda de acordo com o Sindsaúde-RN, candidatos circulavam livremente fora da sala, mesmo após ter recebido o caderno; houve um caso de um celular tocando dentro de sala, já que não havia fiscalização suficiente nem detector de metais. Até sacolas para guardar celular faltaram e pessoas sem identificação atuavam na organização.

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Rafael Nicácio

Co-fundador e redator do Portal N10, sou responsável pela administração e produção de conteúdo do site, consolidando mais de uma década de experiência em comunicação digital. Minha trajetória inclui passagens por assessorias de comunicação do Governo do Estado do Rio Grande do Norte (ASCOM) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), onde atuei como estagiário.Desde 2013, trabalho diretamente com gestão de sites, colaborando na construção de portais de notícias e entretenimento. Atualmente, além de minhas atividades no Portal N10, também gerencio a página Dinastia Nerd, voltada para o público geek e de cultura pop.MTB Jornalista 0002472/RNE-mail para contato: rafael@oportaln10.com.br

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