(ANSA) – Investigadores norte-americanos estão verificando a possibilidade de Harold Martin III, preso no início de outubro, ter colocado à venda parte dos documentos que hackeou da Agência de Segurança Nacional (NSA), informou o jornal “The New York Times”.
Martin, 51 anos, é um veterano da Marinha norte-americana com Ph.D. em sistemas de informação pela Universidade de Maryland.
Ele trabalhou com diversas empresas para ajudar a criar protocolos de segurança nacional, de acordo com o “NYT”.
Segundo a publicação, os investigadores ainda não conseguiram comprovar a ligação entre Martin e o grupo Shadow Brokers, que disponibilizou códigos de internet dos documentos em um leilão. Mas, eles acreditam que o hacker não esteja colaborando com a Justiça.
O “NYT” informou que foram encontradas algumas “pistas forenses” nos equipamentos apreendidos na casa de Martin, mas não se sabe ainda se esses gadgets foram invadidos por outros hackers ou se foi o próprio suspeito que forneceu documentos.
Em depoimentos, Martin afirmou que pegou os documentos para “melhorar suas habilidades e ser melhor em seu trabalho” e nega ter passado os arquivos para outras pessoas.
De acordo com o FBI, a polícia norte-americana, o material encontrado com o homem tem “muitos terabytes” e supera de longe a quantidade de documentos divulgada por Edward Snowden, no caso mundialmente conhecido como “Datagate”. O então funcionário da NSA revelou ao mundo como os Estados Unidos monitoravam e vigiavam personalidades internacionais e diversas empresas multinacionais.
Ainda conforme o FBI, Martin possui uma “coleção de documentos” dos últimos 16 anos que incluem dados da NSA, do Escritório da Diretoria Nacional de Inteligência e dos escritórios do Pentágono. Agora, a preocupação das autoridades norte-americanas é que esse material caia nas mãos de “serviços de inteligência hostis”.
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